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'Beatles' do EI serão extraditados para os EUA acusados de sequestro e homicídio

Dois extremistas de uma célula do Estado Islâmico conhecida como "Beatles" serão extraditados para os Estados Unidos, nesta quarta-feira (7), onde serão acusados de tomada de reféns e de assassinato - apontam documentos judiciais

AFP
07/10/2020 às 13:04.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:53

Dois extremistas de uma célula do Estado Islâmico conhecida como "Beatles" serão extraditados para os Estados Unidos, nesta quarta-feira (7), onde serão acusados de tomada de reféns e de assassinato - apontam documentos judiciais.

Alexanda Kotey e El Shafee el-Sheikh faziam parte de uma unidade que sequestrou, torturou e decapitou vários estrangeiros, incluindo os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e o trabalhador humanitário Peter Kassig entre 2014 e 2015.

"Eram os líderes de um grupo brutal responsável pelo sequestro de cidadãos europeus e americanos, entre outros, de 2012 a 2015", acrescenta o documento do tribunal.

Esses dois jovens, com idades em torno dos 30 anos e que perderam a nacionalidade britânica, faziam parte de um quarteto apelidado de "Os Beatles" por seus reféns, devido ao sotaque inglês de seus membros. Estão sob custódia dos EUA desde outubro de 2019 no Iraque.

Os familiares das supostas vítimas dos "Beatles" celebraram a extradição como "um primeiro passo na busca por justiça".

Ambos são suspeitos de terem matado os britânicos Alan Henning e David Haines.

Em 2015, os Estados Unidos apresentaram um pedido de assistência jurídica mútua às autoridades britânicas para obter provas contra os dois "jihadistas". Londres colocou essa cooperação em "pausa" em 2018.

O governo britânico recebeu uma chuva de críticas por se abster de pedir o perdão da pena de morte, caso fossem julgados nos Estados Unidos.

Após dois anos de impasse, o caso dos membros dos "Beatles" deu uma guinada recentemente, quando o procurador-geral americano, Bill Barr, afirmou que ambos se livrariam da pena de morte se fossem julgados nos Estados Unidos. Isso permitiu que, no mês passado, Londres enviasse provas contra os dois.

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