A Bélgica, com 11,5 milhões de habitantes, registrou cerca de 9.000 mortes por coronavírus, uma das mais altas taxas de mortalidade no mundo, que o governo atribui ao seu método "honesto", de acordo com as recomendações da Organização Mundial para Saúde (OMS)
A Bélgica, com 11,5 milhões de habitantes, registrou cerca de 9.000 mortes por coronavírus, uma das mais altas taxas de mortalidade no mundo, que o governo atribui ao seu método "honesto", de acordo com as recomendações da Organização Mundial para Saúde (OMS).
"Esse tipo de vigilância (de coleta de dados) representa o que a OMS atualmente recomenda, a ponto de a Bélgica ter sido felicitada na semana passada" pela agência da ONU, disse um porta-voz das autoridades de saúde belgas, o Dr. Yves Van Laethem.
"Este tipo de monitoramento é o recomendado para outros países no futuro", acrescentou este especialista em infecções em uma coletiva de imprensa.
Além de contabilizar as mortes de pessoas que deram positivo para o vírus, as autoridades belgas incluem em seus números os doentes que não foram diagnosticados precocemente e cuja morte se acredita estar relacionada à doença.
Essa contagem inclui fatalidades em hospitais e asilos.
Proporcionalmente, a taxa de mortalidade na Bélgica é de 773 mortes por milhão (até esta sexta-feira eram 8.959 mortes, de 54.644 casos positivos).
Comparativamente, os Estados Unidos, com cerca de 86.000 mortes, o país com mais vítimas fatais no mundo, tem uma taxa de 259,5, segundo dados compilados pela AFP.
No caso da Espanha, a taxa era de 587,3 (cerca de 27.500 mortos).
Segundo o Dr. Van Laethem, alguns balanços de mortes na Europa não reflete adequadamente a mortalidade causada pelo coronavírus.
O especialista citou em particular a Itália e a Holanda, cujos números de mortalidade excepcional no final de março representavam "o dobro da mortalidade declarada por COVID".
"Na Bélgica, temos um excesso de mortalidade global praticamente igual a relacionada à COVID-19. Isso mostra que nossa maneira de declarar as coisas é provavelmente, cientificamente, a mais adequada e honesta", concluiu o médico.
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