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Biden comemora 'vitória' da democracia e pede 'unidade' ao assumir Presidência dos EUA

Joe Biden tomou posse como o 46º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (20), comemorando a "vitória" da democracia e pedindo "unidade" para superar as múltiplas crises que o país enfrenta, em "um novo dia" após os quatro conturbados anos de Donald Trump na Casa Branca

AFP
21/01/2021 às 06:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:09

Joe Biden tomou posse como o 46º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (20), comemorando a "vitória" da democracia e pedindo "unidade" para superar as múltiplas crises que o país enfrenta, em "um novo dia" após os quatro conturbados anos de Donald Trump na Casa Branca.

Com a mão esquerda sobre uma Bíblia de família segurada por sua esposa, Jill, Biden, de 78 anos, prestou juramento perante o presidente da Suprema Corte, John Roberts, comprometendo-se a "preservar, proteger e defender a Constituição".

Pouco antes, Kamala Harris, de 56 anos, fez história ao se tornar a primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos.

A cerimônia, realizada em um dia frio e com forte vento, mas ensolarado, foi marcada pelas medidas para conter a pandemia e em frente ao mesmo Capitólio que apenas duas semanas atrás apoiadores de Trump atacaram para tentar invalidar as eleições de novembro.

"Aprendemos outra vez que a democracia é valiosa. A democracia é frágil. E neste momento, meus amigos, a democracia prevaleceu", afirmou o recém-empossado presidente democrata.

O caos provocado em 6 de janeiro deixou cinco mortos e provocou uma segunda acusação de Trump na Câmara de Representantes, desta vez por "incitar a insurreição".

Durante seu discurso de 21 minutos, Biden pediu aos americanos unidade para "curar" um país polarizado no campo político, castigado pelo coronavírus e com uma economia em recessão. Nesta quarta-feira, o número de mortos pela covid-19 no país superou a cifra de 405.399 soldados americanos mortos na Segunda Guerra Mundial.

"Juntos, escrevemos uma história de esperança, não de medo. De unidade, não de divisão. De luz, não de escuridão", disse Biden, assegurando que será "o presidente de todos os americanos".

Também prometeu "derrotar" o "supremacismo branco" e o "terrorismo doméstico", que surgiram na sociedade. E instou o repúdio à manipulação dos fatos, em alusão a Trump, que durante semanas negou sua derrota eleitoral e durante seu mandato popularizou a expressão "notícias falsas".

"É um novo dia nos Estados Unidos", havia tuitado mais cedo Biden que, em uma demonstração de unidade, foi à missa em uma igreja católica ao lado dos líderes democratas e republicanos do Congresso.

Washington, em alerta devido ao risco de novos episódios de violência, mobilizou cerca de 25.000 membros da Guarda Nacional e milhares de policiais de todo o país.

"Parece a entrada de uma base militar durante uma guerra", disse Joe Brunner, um nova-iorquino de 42 anos, em frente a um posto de controle guardado por tropas armadas e veículos militares no centro de Washington.

Uma ameaça de bomba na Suprema Corte motivou uma revista no edifício e arredores, mas não levou a uma evacuação.

Sem precedentes pela covid e a blindagem da cidade, a cerimônia de posse teve seu toque de glamour: Lady Gaga cantou o hino nacional e Jennifer López comoveu com sua interpretação do clássico "This Land is Your Land". E em um país onde os hispânicos são a minoria mais representativa, a cantora latina do Bronx pediu, em espanhol, "unidade e justiça para todos".

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