A Casa Branca disse nesta terça-feira (13) que o país continua disposto a prosseguir com as negociações junto ao Irã, apesar do anúncio feito por Teerã de que começará a enriquecer urânio a 60%, um nível que o aproximaria de uma capacidade para uso militar
A Casa Branca disse nesta terça-feira (13) que o país continua disposto a prosseguir com as negociações junto ao Irã, apesar do anúncio feito por Teerã de que começará a enriquecer urânio a 60%, um nível que o aproximaria de uma capacidade para uso militar.
"Certamente estamos preocupados com esses anúncios provocativos", afirmou a secretária de imprensa do presidente Joe Biden, Jen Psaki.
"Acreditamos que o caminho diplomático é o único a ser seguido neste caso e que uma discussão, mesmo que indireta, seja a melhor forma de encontrar uma solução", acrescentou.
O Irã surpreendeu muitos ao anunciar nesta terça-feira sua intenção de "começar a enriquecer urânio a 60%", um nível que o aproximaria da capacidade militar, dois dias após uma "sabotagem" de sua fábrica de enriquecimento situada em Natanz, algo que Teerã atribui a Israel.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou nesta terça-feira ter sido notificada pelo Irã.
A República Islâmica atualmente enriquece urânio a 20% no isótopo 235, bem acima do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo internacional de energia nuclear iraniano, firmado em Viena em 2015.
As negociações para salvar o acordo, que deveriam ser retomadas na quarta-feira em Viena, foram adiadas para início na quinta-feira.
Em sua entrevista coletiva diária, Psaki pediu ao P5+1 - grupo formado pelos Estados Unidos, Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia - que "rejeitasse em uníssono" o anúncio de Teerã sobre seu urânio.
Isso "ressalta a necessidade imperiosa de retornar ao respeito mútuo pelo JCPOA", a sigla para o nome oficial do acordo, continuou.
Embora as discussões tenham sido "difíceis, e esperamos que levem tempo, esperamos, e não fomos alertados sobre qualquer mudança na participação prevista nas reuniões que serão retomadas no final desta semana", anunciou Psaki.
O retorno ao cumprimento do acordo de 2015 "assim como o processo diplomático que foi retomado em Viena esta semana, continua sendo a melhor maneira de limitar o programa nuclear do Irã", informou um funcionário do Departamento de Estado.
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