INTERNACIONAL

Biden e Trump viajam para Geórgia na véspera de eleições decisivas

Donald Trump e Joe Biden viajam para a Geórgia, nesta segunda-feira (4), para apoiarem seus candidatos em uma eleição decisiva para o controle do Senado, um dia depois de uma gravação do ainda presidente ter caído como uma bomba em Washington

AFP
04/01/2021 às 13:20.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:38

Donald Trump e Joe Biden viajam para a Geórgia, nesta segunda-feira (4), para apoiarem seus candidatos em uma eleição decisiva para o controle do Senado, um dia depois de uma gravação do ainda presidente ter caído como uma bomba em Washington.

Seu impacto na votação é, porém, incerto.

Passados dois meses da eleição presidenciao, Trump continua sem reconhecer sua derrota para o democrata Biden, apesar de auditorias, recontagens e várias decisões judiciais apontarem o contrário.

Em uma ligação surpreendente, o presidente republicano pediu, no sábado (2), ao encarregado das eleições na Geórgia que "encontrasse" as cédulas necessárias para anular sua derrota neste Estado-chave.

Repetindo suas acusações de fraude, sem provas, Trump disse a Brad Raffensperger que a eleição havia-lhe sido roubada. Apesar das ameaças veladas, o responsável, um republicano, não cedeu.

"Achamos que nossos números são bons", respondeu Raffensperger ao presidente em final de mandato.

Em campanha na Geórgia, a vice-presidente eleita Kamala Harris considerou o episódio um "flagrante abuso de poder". Entre os republicanos, algumas vozes expressaram indignação.

Trump conta, porém, com amplo apoio dentro do partido.

A senadora republicana Kelly Loeffler, que disputa amanhã sua cadeira por este estado, não respondeu a uma pergunta sobre o escândalo lançado em meio a um comício de campanha.

E, embora a notícia ainda não tivesse se espalhado amplamente entre os participantes, vários eleitores de Trump argumentavam, como ele, que o republicano venceu as eleições.

Faixas eleitorais, ônibus de candidatos, persuasão de porta em porta e comícios: dois meses após a eleição presidencial, a Geórgia recupera seu clima de campanha nacional antes da disputa de duas cadeiras no Senado na terça-feira.

O ponto alto deve ser alcançado nesta segunda-feira, com a visita do presidente Trump e do democrata eleito. Uma estranha coincidência que ressalta a importância decisiva dessa eleição, que vai determinar o controle do poder em Washington nos próximos quatro anos.

Há 20 anos, a Geórgia não elege um democrata para o Senado, mas, se conseguirem a façanha, os democratas Raphael Warnock e Jon Ossoff inclinarão a Casa na direção de seu partido, entregando todos os fios do poder a Biden.

Se isso acontecer, o Senado ficaria com 50 cadeiras para cada força, motivo pelo qual a futura vice-presidente, Kamala Harris, teria o voto decisivo. Assim, Biden chegaria à Casa Branca com uma Câmara e um Senado democratas, o que lhe permitiria implementar seu programa.

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