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Biden mira na Carolina do Sul antes da 'Super Terça'

As seções eleitorais foram abertas, neste sábado (29), na Carolina do Sul para a quarta votação nas primárias democratas, que o ex-vice-presidente Joe Biden espera vencer para voltar aos trilhos e, talvez, diminuir o ritmo de Bernie Sanders

AFP
29/02/2020 às 11:51.
Atualizado em 07/04/2022 às 09:16

As seções eleitorais foram abertas, neste sábado (29), na Carolina do Sul para a quarta votação nas primárias democratas, que o ex-vice-presidente Joe Biden espera vencer para voltar aos trilhos e, talvez, diminuir o ritmo de Bernie Sanders.

Em uma escola na periferia de Columbia, capital do estado, vinte pessoas faziam fila antes do início da votação, às 7h00 da manhã. Desde então, o estabelecimento segue cheio.

A corrida ainda é longa até a indicação de um candidato democrata para enfrentar o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro. Mas a dinâmica se acelera com a aproximação da "Super Terça", quando 14 estados votarão.

"Estou confiante", disse Joe Biden, 77 anos, cruzando a Carolina do Sul na véspera desta votação crucial para o seu futuro. As pesquisas dão a ele uma grande vantagem nesse estado em que os negros, entre os quais continua muito popular, representam mais da metade do eleitorado democrata.

"Amigos, uma vitória na Carolina do Sul nos ajudaria a ganhar impulso na hora certa", tuitou na noite de sexta-feira.

O ex-braço direito de Barack Obama, Biden precisa de uma vitória clara, depois de ter chegado apenas em quarto e quinto, respectivamente, em Iowa e New Hampshire.

Em Nevada terminou em segundo, mas continua muito longe do senador independente Bernie Sanders, 78 anos, que claramente o substituiu como favorito nas primárias democratas.

Sanders, socialista autoproclamado, faz campanha com um programa de extrema esquerda para os Estados Unidos. "Juntos, criaremos (...) um governo a serviço de todos", promete ele a sua multidão de apoiadores, denunciando o presidente Trump como "racista", "sexista" e "xenofóbico".

Sua ascensão preocupa alguns democratas moderados, que temem que Bernie Sanders não consiga convencer os eleitores mais centristas, essenciais, segundo eles, para derrotar Donald Trump.

"Você acha que concorrer como socialista pode ajudar na Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Texas?", estados mais conservadores, questionou Joe Biden na sexta-feira na CNN.

Um argumento que Bernie Sanders, que multiplicou os eventos públicos na Carolina do Sul, rejeita firmemente.

"O establishment diz: "Bernie não pode vencer Trump"", declarou o senador de Vermont. "Bem, peço que vocês estudem as últimas 60 pesquisas realizadas neste país, 56 nos apontam à frente de Trump!".

"Eu realmente acho que ele (Sanders) é o único que pode derrotar Trump", disse à AFP Donna Boyd, 51 anos, que veio votar em Columbia.

"Bernie estimula as pessoas. Ele dialoga com todos, é tolerante", acrescenta ela.

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