O presidente Joe Biden moderou o entusiasmo gerado pelos estimulantes números do emprego e insistiu na necessidade de adoção de seu plano de relançamento da economia dos Estados Unidos
O presidente Joe Biden moderou o entusiasmo gerado pelos estimulantes números do emprego e insistiu na necessidade de adoção de seu plano de relançamento da economia dos Estados Unidos.
O plano da Casa Branca, de US$ 1,9 trilhão, está atualmente em discussão no Senado, retardado por múltiplas discussões. Os democratas esperam que seja aprovado no fim de semana, antes de uma votação final na Câmara de Representantes.
É um dispositivo "absolutamente essencial para reverter a situação, fazer com que as crianças voltem à escola em total segurança, oferecer um salva-vidas às pequenas empresas e derrotar a covid-19", disse Biden.
Foram criados no total 379.000 empregos em fevereiro e a taxa de desemprego caiu levemente a 6,2%, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (5).
As novas contratações ocorreram principalmente no setor hoteleiro e de lazer, que tinha sido duramente atingido pelas restrições implementadas na pandemia, e que criou em fevereiro 355.000 postos de trabalho.
Os analistas esperavam a criação no total de 200.000 novos postos de trabalho.
A cifra de janeiro foi revista em forte alta, de 49.000 novos postos inicialmente estimados para 166.000.
Tratam-se de empregos em bares e restaurantes, mas também em outras atividades vinculadas ao lazer e ao alojamento, assim como serviços de saúde, vendas varejistas e indústria manufatureira.
Caíram, no entanto, os empregos vinculados à educação, construção e atividade mineradora.
Estas cifras sugerem que o pior da crise passou e que os empresários parecem se concentrar no "mini boom" econômico esperado para a primavera no hemisfério norte.
A campanha de vacinação avança e as ajudas públicas maciças - além das despesas em queda - puseram dinheiro no bolso dos americanos, e por isso se espera um aumento importante do consumo.
Segundo Biden, os números do emprego são certamente produto do plano de relançamento de US$ 900 bilhões, aprovado no fim de dezembro e promulgado por seu antecessor, Donald Trump.
Mas sem novas ajudas, "tudo atrasará", disse o presidente. "Não se pode dar um passo adiante e dois passos para trás".
"A reabertura dos serviços será o elemento dominante para o emprego nos próximos meses", analisou Ian Shepherdson, economista da Pantheon Macroeconomics.