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Biden prevê imunidade coletiva até verão nos EUA, e mundo se fecha cada vez mais

Joe Biden vaticinou, na segunda-feira (26) que os Estados Unidos alcançarão a imunidade coletiva da covid-19 até o verão (inverno no Brasil), doença cuja propagação está levando vários países a endurecerem as restrições de entrada em seus territórios, apesar da campanha de vacinação em curso em vários deles

AFP
26/01/2021 às 08:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:26

Joe Biden vaticinou, na segunda-feira (26) que os Estados Unidos alcançarão a imunidade coletiva da covid-19 até o verão (inverno no Brasil), doença cuja propagação está levando vários países a endurecerem as restrições de entrada em seus territórios, apesar da campanha de vacinação em curso em vários deles.

O recém-empossado presidente garantiu que os Estados Unidos, o país mais brutalmente atingido pela pandemia, com mais de 420.000 mortos, estarão "a caminho da imunidade coletiva" até o verão boreal, e que a vacina poderá ser administrada em massa na primavera (outono no Brasil).

"Será um desafio logístico que excederá tudo o que já tentamos neste país", disse ele à imprensa, ao se referir à vacinação em massa.

Enquanto isso, os Estados Unidos se somaram a Israel, França e Suécia para limitar certas chegadas, respondendo a preocupações sobre cepas mais novas e contagiosas do vírus originada no Reino Unido, África do Sul e Brasil.

Ontem (25), a Nova Zelândia anunciou que detectou um caso da variante sul-africana, e os Estados Unidos relataram o primeiro caso da cepa brasileira.

Nesse contexto, a empresa americana de biotecnologia Moderna quis enviar uma mensagem de esperança, ao assegurar que sua vacina é eficaz contra as variantes britânica e sul-africana do coronavírus.

Os especialistas estão confiantes em que a vacina "deve proteger contra essas variantes recém-detectadas", disse a Moderna, após um teste de laboratório, acrescentando que tentarão desenvolver uma dose adicional para aumentar a proteção contra essas cepas.

No México, o presidente Andrés Manuel López Obrador se tornou a figura pública mais recente com teste positivo para a doença. Ele diz ter sintomas leves e está trabalhando, isolado, em seu gabinete. Também no México, o magnata das comunicações Carlos Slim, o homem mais rico da América Latina, relatou estar infectado com o vírus, embora com "sintomas menores".

Quarto país mais enlutado pela doença em números absolutos, o México superou a barreira das 150 mil mortes, conforme dados oficiais divulgados na segunda-feira.

Em Washington, entrou em vigor, na segunda-feira, a proibição de entrada à maioria dos cidadãos não americanos procedentes de Reino Unido, Brasil, Irlanda e grande parte da Europa, assim como da África do Sul, de acordo com um funcionário de alto escalão da Casa Branca.

Biden na semana passada apertou as regras sobre o uso de máscaras e ordenou uma quarentena para as pessoas que voam para o país, que ultrapassou 25 milhões de casos e registrou 420.965 mortes.

Desde que surgiu no final de 2019 na China, a covid-19 matou mais de 2,1 milhões de pessoas e infectou 99,4 milhões, de acordo com o último balanço da AFP baseado em números oficiais.

Preocupada em evitar o fechamento de fronteiras dentro da União Europeia (UE), a Comissão Europeia recomendou ontem aos Estados-membros do bloco que implementem novas restrições de deslocamento em suas áreas mais afetadas.

No domingo, a França começou a exigir um teste PCR negativo para cidadãos procedentes de países vizinhos da UE.

A Suécia disse que vai proibir a entrada da Noruega por três semanas, depois que casos da cepa britânica mais infecciosa foram detectados em Oslo.

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