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Biden quer novos auxílios financeiros diante da crise dos empregos

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu nesta sexta-feira8) que lançará as bases de um novo plano de ajuda econômica a partir da próxima semana, antes de tomar posse em 20 de janeiro e em meio à crise do mercado de trabalho

AFP
08/01/2021 às 19:55.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:47

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu nesta sexta-feira8) que lançará as bases de um novo plano de ajuda econômica a partir da próxima semana, antes de tomar posse em 20 de janeiro e em meio à crise do mercado de trabalho.

Certo do controle do Congresso e com os fracos números do emprego divulgados nesta sexta-feira, Biden defendeu "fornecer apoio adicional às famílias dos trabalhadores e às empresas imediatamente. Agora".

Sua prioridade, no entanto, será acelerar a vacinação contra o coronavírus, disse ele de seu reduto de Wilmington, em Delaware. O novo plano deve permitir às autoridades locais e nacionais manter o emprego de educadores, policiais, bombeiros e agentes de saúde pública.

O presidente eleito também expressou sua esperança de aumentar rapidamente o salário mínimo para 15 dólares a hora.

"No meio desta pandemia, existem milhões de pessoas sem emprego, incapazes de pagar o aluguel ou empréstimos", disse o presidente eleito. "Elas fazem fila por horas para buscar comida. Pense nisso. América, pessoas que fazem fila em seus carros esperando por uma refeição para levar à mesa de suas famílias", acrescentou.

A economia dos Estados Unidos perdeu empregos em dezembro pela primeira vez desde abril, afetada por restrições de mobilidade e o fechamento de comércios para combater o agravamento da pandemia do novo coronavírus.

A taxa de desemprego ficou estável em relação a novembro, em 6,7%, em linha com as expectativas, sinal de que a participação no mercado de trabalho está diminuindo.

O número de desempregados manteve-se em 10,7 milhões.

Desde maio, o mercado de trabalho cresceu e conseguiu recuperar boa parte dos 22 milhões de empregos perdidos entre março e abril, quando ocorreu o impacto inicial da pandemia.

"Em dezembro, as perdas de empregos no setor de entretenimento e hotelaria e na educação privada foram parcialmente compensadas por aumentos (de postos) nos serviços para profissionais e empresas, comércio varejista e construção", explicou o Departamento do Trabalho.

As perdas de empregos se devem "quase inteiramente à extinção de meio milhão de postos no setor de lazer e hospitalidade, com o frio e o vírus causando sérios danos", disse Gregory Daco, analista da Oxford Economics.

A pandemia de covid-19 está no auge nos Estados Unidos desde o outono, o que motivou novas medidas para tentar impedir seu avanço.

Assim, o número de pessoas que entraram em desemprego temporário e acabaram por perder definitivamente o trabalho segue crescendo e já atinge 3 milhões de trabalhadores.

Existem 4 milhões de desempregados de longa duração nos Estados Unidos, ou seja, há mais de 27 semanas, mesmo número que foi registrado em novembro.

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