INTERNACIONAL

Biden se reúne em Wisconsin com familiares de Jacob Blake, jovem negro ferido pela polícia

Apresentando-se como um unificador de um Estados Unidos em carne viva, o candidato democrata à presidência Joe Biden se encontrou com parentes de Jacob Blake, um jovem negro gravemente ferido pela polícia, na quinta-feira visitando Wisconsin, um estado importante para as eleições nos EUA em novembro

AFP
03/09/2020 às 17:26.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:49

Apresentando-se como um unificador de um Estados Unidos em carne viva, o candidato democrata à presidência Joe Biden se encontrou com parentes de Jacob Blake, um jovem negro gravemente ferido pela polícia, na quinta-feira visitando Wisconsin, um estado importante para as eleições nos EUA em novembro.

O ex-vice-presidente e sua esposa, Jill Biden, passaram uma hora com a família do afro-americano de 29 anos que foi baleado à queima-roupa por um policial branco na frente de seus filhos em 23 de agosto em Kenosha, nas margens do Lago Michigan.

O incidente, gravado por um transeunte, reacendeu o movimento de protesto contra o racismo e a brutalidade policial que abala os Estados Unidos desde maio, e resultou em três noites de motins naquela cidade de 100 mil habitantes.

O presidente Donald Trump, rival republicano de Biden na eleição de 3 de novembro, visitou Kenosha na terça-feira, mas sem se encontrar com a família de Blake, ou mesmo dizer seu nome.

Assim que desceram do avião em Milwaukee, a maior cidade de Wisconsin, os Biden encontraram a família Blake, acompanhados por seus advogados.

Os jornalistas não puderam comparecer à reunião e Biden não respondeu às perguntas feitas na pista.

Segundo sua equipe de campanha, o ex-vice-presidente de Barack Obama conversou pessoalmente com o pai de Blake, duas irmãs e um irmão, que está hospitalizado e paralisado da cintura para baixo. Sua mãe compareceu à reunião por telefone.

O propósito da sua visita teria sido "unir as pessoas, ser uma influência positiva", disse Biden em entrevista coletiva na quarta-feira.

"Devemos curar as feridas", disse o democrata, que denuncia incansavelmente o "racismo institucional" enquanto rejeita a violência nas manifestações.

Dois meses antes das eleições presidenciais, Biden marca com esta viagem uma fase mais ativa de sua campanha.

O candidato democrata permaneceu confinado pela pandemia em sua casa em Wilmington, Delaware, por semanas, depois limitou suas viagens à região. Enquanto isso, Trump não parava de cruzar o país insistindo com sua mensagem de "lei e ordem".

O candidato republicano não ficará para trás: na noite desta quinta-feira, planeja discursar na cidade de Latrobe, na Pensilvânia, outro estado importante na disputa.

A campanha eleitoral de 2020 nos Estados Unidos é marcada por fatores sem precedentes: uma pandemia que ceifou mais de 180.000 vidas, uma profunda crise econômica e uma onda histórica de raiva contra o racismo.

Enquanto Biden aparece à frente do bilionário republicano nas pesquisas, a incerteza é mantida pelas pontuações mais apertadas nos estados com votação decisiva.

Biden, de quem Trump, de 74 anos, zomba implacavelmente de sua alegada "falta de energia", deu o sinal na segunda-feira de que adotará um ritmo de campanha mais sustentado com um discurso em Pittsburgh, Pensilvânia.

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