Com mais de mil infectados de coronavírus por dia, a Bolívia está caminhando para uma "pandemia explosiva", alertou nesta sexta-feira (3) o chefe da unidade de epidemiologia do Ministério da Saúde, Virgilio Prieto
Com mais de mil infectados de coronavírus por dia, a Bolívia está caminhando para uma "pandemia explosiva", alertou nesta sexta-feira (3) o chefe da unidade de epidemiologia do Ministério da Saúde, Virgilio Prieto.
A Bolívia registrou na quinta-feira 1.301 novos casos em 24 horas, um recorde desde que a doença invadiu o país em março, elevando o número de infectados para 35.528 e o de mortos para 1.271, segundo o relatório oficial.
"Já estamos tendo (novos) casos por milhar e as mortes por dezenas, o que nos faz (temer) que a situação já esteja caminhando perigosamente ao que chamamos de uma pandemia explosiva", disse Prieto à televisão Cadena A.
Devido aos novos números de infectados, Prieto considerou que "sem dúvida este é um momento bastante alarmante" para este país de 11 milhões de habitantes.
Prieto atribuiu essa situação ao fato de a Bolívia ter entrado em uma fase de "transmissão comunitária", mas também disse que a população desrespeita as regras da quarentena estabelecida em março.
As instruções de segurança são violadas, disse. "Por exemplo, as pessoas nos mercados (de suprimentos) andam como querem, usam a máscara no queixo, no pescoço até ficam sem a máscara".
Segundo Prieto, as pessoas na Bolívia não cumprem sequer o "distanciamento social. Ou seja, há um comportamento irracional".
Enquanto isso, os hospitais não dão conta do número de infectados, as amostras de laboratório levam semanas e os cemitérios e crematórios estão em colapso, de acordo com as críticas redundantes da população nas mídia.
De acordo com Prieto, a Bolívia terá cerca de 130.000 infectados até 6 de setembro, data das eleições para eleger presidente, vice-presidente e legisladores.
"Possivelmente nem poderemos ir às urnas", estimou o especialista.
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