INTERNACIONAL

Bombardeios cada vez mais intensos no conflito de Nagorno Karabakh

As forças separatistas armênias de Nagorno Karabakh e o exército do Azerbaijão intensificaram neste domingo, no oitavo dia de combates, os disparos de artilharia, em particular em Stepanakert, a capital separatista, e em Ganja, a segunda maior cidade do Azerbaijão

AFP
04/10/2020 às 12:05.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:12

As forças separatistas armênias de Nagorno Karabakh e o exército do Azerbaijão intensificaram neste domingo, no oitavo dia de combates, os disparos de artilharia, em particular em Stepanakert, a capital separatista, e em Ganja, a segunda maior cidade do Azerbaijão.

Os dois lados insistiram nas declarações bélicas, ignorando os apelos por uma trégua da maior parte da comunidade internacional e com uma troca de acusações sobre a responsabilidade do conflito.

As duas partes negam os êxitos militares reivindicados pelo outro lado e repetem acusações sobre sobre tomar civis como alvos.

Desde sexta-feira, Stepanakert, a principal cidade de Nagorno Karabakh, é alvo de ataques que obrigam a população a procurar abrigos. Neste domingo a cidade ficou sem energia elétrica, mas ao meio-dia o serviço foi restabelecido.

Os ataques com foguetes foram retomados com intensidade na localidade e as sirenes eram ouvidas de modo incessante.

O centro e a periferia foram afetados e era possível observar a fumaça negra no céu.

Os moradores se esconderam em refúgios como a cripta de uma igreja, onde várias famílias aguardavam em um ambiente de resignação.

"As forças azerbaijanas estão apontando para alvos civis", disse o porta-voz do ministério da Defesa da Armênia, Arstroun Hovhannissian.

As autoridades locais citaram disparos de sistemas de lança-foguetes múltiplos Smerch e Polonez. Drones sobrevoavam a cidade.

O presidente da autoproclamada república, Arayk Harutyunyan, anunciou que, em represália, as forças de Nagorno Karabakh passariam a atacar as infraestruturas militares das grandes cidades do Azerbaijão, mais distantes da frente de batalha, e pediu aos civis que "abandonem imediatamente estas cidades".

"É a estratégia militar dele", acusou o conselheiro da presidência azerbaijana Hikmet Hajiyev.

Uma habitante da cidade azerbaijana de Beylagan, entrevistada pela AFP, afirmou que sua casa foi parcialmente destruída no sábado.

"As forças azerbaijanas estão apontando contra alvos civis", disse o porta-voz do ministério da Defesa da Armêmia, Arstroun Hovhannissian.

O ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou que a segunda maior cidade do país, Ganja, estava "sob o fogo das forças armênias".

Baku acusou Yerevan pelos ataques, mas o governo armênio negou.

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