INTERNACIONAL

Brasil e EUA batem tristes recordes de mortes por coronavírus

O número de mortos aumenta de maneira vertiginosa, e os tristes recordes se acumulam no Brasil e nos Estados Unidos, onde o coronavírus já matou 25

AFP
28/05/2020 às 11:05.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:31

O número de mortos aumenta de maneira vertiginosa, e os tristes recordes se acumulam no Brasil e nos Estados Unidos, onde o coronavírus já matou 25.000 e 100.000 pessoas, respectivamente, enquanto na Europa, que superou 175.000 óbitos de COVID-19 nesta quinta-feira, prossegue uma cautelosa flexibilização do confinamento.

No total, a pandemia matou mais de 355.000 pessoas no planeta, 75% delas na Europa e nos Estados Unidos.

Nos EUA, a barreira de 100.000 falecimentos provocados pela COVID-19 foi superada na quarta-feira à noite. O Reino Unido é o segundo país com mais mortes (37.460), seguido por Itália (33.072), França (28.596) e Espanha (27.118).

"Há dias em nossa história tão sombrios e tão comoventes que permanecem gravados para sempre em nossos corações como um luto conjunto. E hoje é um desses dias", reagiu no Twitter Joe Biden, que deve ser o candidato democrata a enfrentar Donald Trump nas eleições presidenciais previstas para novembro.

Os EUA não são mais, porém, o país mais afetado em termos proporcionais, pois registra 303 casos para cada milhão de habitantes. Bélgica, com 808 mortes por milhão de habitantes, Espanha (580) e Reino Unido (552) são agora as três nações onde o coronavírus provocou mais vítimas fatais, quando comparado com o tamanho da população.

Em pouco mais de um mês, o número de mortos no mundo dobrou e, nas últimas três semanas, foram registradas mais de 100.000 vítimas fatais do coronavírus.

Os dados são impressionantes, mas refletem apenas uma parte da realidade, pois consideram apenas as mortes de pessoas que foram oficialmente diagnosticadas. Em países como Brasil e Estados Unidos, por exemplo, os especialistas calculam que os números reais são muito superiores.

No momento, a região da América Latina e Caribe é a que registra mais mortes por dia provocadas pela COVID-19. Em 27 de maio aconteceram 1.891 óbitos nesta área, contra 1.262 nos Estados Unidos e Canadá, e 1.080, na Europa.

O aumento do número de vítimas fatais na América Latina, que registra um total de 842.826 casos, com 45.358 óbitos, deve-se ao Brasil, que tem 25.598 mortes, ao México (8.597 falecidos) e ao Peru (3.983).

O presidente americano, Donald Trump, continua pressionando governadores e políticos locais para reativar a abalada economia, enquanto seu principal conselheiro médico, o imunologista Anthony Fauci, adverte contra os perigos de um fim de confinamento apressado.

"Isto é realmente tentar a sorte e buscar problemas", disse Fauci ao canal CNN.

A pandemia afeta particularmente o estado de Nova York, o segundo mais populoso do país, com um terço das mortes. O governador Andrew Cuomo pediu ajuda.

"Estamos falando da vida das pessoas. Falamos de estados e de habitantes que precisam de ajuda de verdade", disse.

De acordo com cálculos de pesquisadores da Universidade de Massachusetts, o número de mortes no país deve se aproximar de 123.000 até 20 de junho. A Casa Branca considera que as mortes devem ficar entre 100.000 e 240.000.

Depois de ser considerada um modelo global na forma de frear o vírus, a Coreia do Sul também virou motivo de preocupação.

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