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Brasil se mantém fiel ao Big Brother em sua 21ª edição

Embora seja conhecido por suas telenovelas, o Brasil se mantém fiel ao "reality show" Big Brother, que em sua 21ª edição continua atraindo milhões de telespectadores, inclusive o craque Neymar

AFP
30/03/2021 às 10:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 04:25

Embora seja conhecido por suas telenovelas, o Brasil se mantém fiel ao "reality show" Big Brother, que em sua 21ª edição continua atraindo milhões de telespectadores, inclusive o craque Neymar.

Quase diariamente, o astro do Paris Saint-Germain compartilha com seus seguidores no Twitter suas impressões sobre os participantes do "BBB" (Big Brother Brasil).

Nos primeiros 60 dias de programa, o BBB21 teve alcance médio diário de 39,9 milhões de pessoas, registrando média de 27 pontos de audiência e 50% de participação, batendo o recorde de audiência das sete edições anteriores e superando o BBB20 em 17% (+ 4 pontos) em relação ao mesmo período da temporada anterior.

Os números impressionantes fazem sua difusora, a TV Globo, esfregar as mãos com o bom negócio: a 21ª edição será a mais longa da história, com cem dias de programa e, sobretudo, a mais lucrativa.

As logos das marcas são onipresentes em todas as provas organizadas na "Casa mais vigiada do Brasil", a mansão com piscina onde os "brothers" se isolam do mundo e superam desafios sob o escrutínio de 11 câmeras e microfones que os vigiam 24 horas por dia.

O valor de três peças publicitárias de 30 segundos é suficiente para pagar o prêmio final, de 1,5 milhão de reais, disputado pelos participantes.

Mas para além destas cifras impressionantes, o programa se tornou um verdadeiro fenômeno social, amplificado nos últimos anos pelas redes sociais.

Além dos famosos que acompanham as peripécias dos participantes, youtubers desconhecidos passaram a acumular fortunas, atraindo milhões de assinantes com seus comentários e análises do "reality show".

"A cada ano, quando o BBB começa, se torna o principal tema de conversas, como a Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos", diz à AFP Laurens Drillich, presidente da Endemol Shine Latino, braço latino-americano dos produtores que criaram o conceito do Big Brother na Holanda, em 1999.

E como um gol feito na Copa, os fãs vibram em frente à televisão quando seus candidatos favoritos se salvam da eliminação.

"Temos um público apaixonado pelo programa. Vemos pessoas comemorando resultados de provas e paredões nas janelas e varandas Brasil afora. Isso nos dá uma motivação extra para colocar esse programa no ar de domingo a domingo", acrescenta o diretor-geral do Big Brother Brasil na Rede Globo, Rodrigo Dourado.

O bom desempenho do programa representou um alívio para a TV Globo, que devido à pandemia se viu obrigada a suspender durante quase um ano a produção de novelas, limitando-se a passar reprises no horário nobre.

"Não dá para pensar em BBB sem pensar no B de Brasil", explica o antropólogo Michel Alcoforado, sócio-fundador do Grupo Consumoteca.

"O BBB dá certo porque é um "reality show" que consegue se conectar diretamente com a tradição brasileira das telenovelas, que sempre estiveram diretamente relacionadas com as causas do cotidiano, como um espelho da sociedade", afirma.

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