INTERNACIONAL

Brasil supera 50.000 mortes por COVID-19 e Europa avança na flexibilização do confinamento

O Brasil superou neste domingo a marca das 50.000 mortes por COVID-19, enquanto a Europa, o continente mais atingido pela pandemia, avança na flexibilização das medidas de confinamento com a reabertura parcial das fronteiras espanholas e o retorno das aulas presenciais na França

AFP
21/06/2020 às 22:03.
Atualizado em 27/03/2022 às 16:13

O Brasil superou neste domingo a marca das 50.000 mortes por COVID-19, enquanto a Europa, o continente mais atingido pela pandemia, avança na flexibilização das medidas de confinamento com a reabertura parcial das fronteiras espanholas e o retorno das aulas presenciais na França.

O continente europeu parece ter deixado para trás o pior da proliferação do novo coronavírus, mas a doença continua a se espalhar fortemente no resto do mundo.

Especialmente na América Latina e no Caribe, o novo epicentro, onde o número de dois milhões de casos foi ultrapassado no sábado.

Com 1.083.34 diagnósticos positivos e 50.659 mortes, o Brasil é o segundo país mais afetado pelo vírus, atrás dos Estados Unidos, que tem 119.959 falecidos e mais de 2.278.373 milhões de casos.

As curvas de infectados e falecimentos tem mostrado sinais de achatamento nas capitais nos últimos dias, e vários estados começaram a flexibilizar as medidas de isolamento social, incluindo São Paulo e Rio.

Mas as previsões são difíceis em um país de dimensão continental, com 210 milhões de habitantes, e que está entrando no inverno.

O Peru, o segundo país latino-americano com mais casos (254.936), superou as 8.000 mortes por COVID-19, na véspera da reabertura dos shopping centers, nesta segunda-feira, após 99 dias de confinamento.

Com a retomada gradual das atividades, as autoridades estão tentando frear o colapso da economia peruana, que retraiu 13,1% nos primeiros quatro meses de 2020.

Mas o medo do coronavírus levou a entidade que administra Machu Picchu, a cidadela inca que é um dos principais destinos turísticos do país, a descartar sua reabertura em julho.

Na vizinha Bolívia, a epidemia mudou a face das cerimônias de recepção indígenas do Ano Novo Andino, promovidas pelo ex-presidente Evo Morales, que este ano reuniu menos pessoas.

E na Argentina, cuja capital possui mais de três confinamentos sociais obrigatórios, foi atingido o número de 1.000 mortes por COVID-19, com 41.191 infecções registradas.

Na Europa, depois de ter conseguido conter contágios, o objetivo também é recuperar as economias o mais rápido possível, severamente punidas pelas medidas de quarentena decretadas pela pandemia.

A Espanha, um dos países mais afetados com 28.322 mortos, suspendeu na meia-noite de sábado o alerta decretado em 14 de março e abriu a fronteira terrestre com a França - a de Portugal abrirá em 1º de julho -, assim como os portos e aeroportos aos passageiros procedentes da União Europeia (UE).

Os viajantes que chegam à Espanha não precisam respeitar uma quarentena, mas devem observar algumas medidas de prevenção como passar pelo controle de temperatura nos aeroportos e usar máscara. No dia 1 de julho a Espanha abrirá suas fronteiras a todas as nacionalidades.

Os espanhóis também podem viajar a partir deste domingo de maneira livre dentro do país.

"Comprei a primeira passagem, no primeiro horário, para chegar o mais rápido possível", disse à AFP Laura García, fisioterapeuta de 23 anos, antes de entrar no trem em Madri que a levaria até Barcelona, onde encontrará o namorado que não vê há três meses.

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