O petróleo registrou nesta quinta-feira (18) sua maior queda desde setembro do ano passado, com os dois contratos de referência em baixa de cerca de 7%, em um mercado inquieto com as perspectivas da demanda e os níveis de reserva de óleo cru
O petróleo registrou nesta quinta-feira (18) sua maior queda desde setembro do ano passado, com os dois contratos de referência em baixa de cerca de 7%, em um mercado inquieto com as perspectivas da demanda e os níveis de reserva de óleo cru.
Assim, o barril de WTI para entrega em abril caiu 7,12% a 60 dólares. Enquanto isso, o Brent do Mar do Norte para entrega em maio recuou 6,94% a 63,28 dólares.
No início da semana, o barril de Brent em Londres foi cotado perto de 70 dólares.
Com o tombo desta quinta, os dois contratos registraram cinco sessões consecutivas em queda, algo "incomum", segundo Tamas Varga, da PVM.
"O sentimento negativo foi provocado pelas dúvidas na Europa sobre a vacina da AstraZeneca e se cristalizou depois da alta das reservas nos Estados Unidos", registrada em um relatório oficial na quarta-feira, explicou Louise Dickson, da Rystad.
A aplicação da vacina da AstraZeneca contra o coronavírus foi suspensa em vários países da União Europeia (UE), depois de indícios potenciais de efeitos colaterais, como problemas de coagulação e formação de trombos.
França, Alemanha, Espanha e Itália anunciaram nesta quinta que a imunização com a AstraZeneca será retomada depois que a agência europeia de medicamentos (EMA) considerou a vacina "segura e eficaz".
Em 500,8 milhões de barris, as reservas americanas de cru estão em um máximo desde dezembro.
Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) estimou na quarta-feira que após a crise sanitária, a demanda mundial de petróleo demorará dois anos para voltar aos níveis pré-crise.
O petróleo se situa, no entanto, 20% acima do seu preço no começo do ano.
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