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Brexit, coronavírus e bebê, um primeiro ano agitado para Boris Johnson

Uma vitória eleitoral, o Brexit, uma crise de saúde global que poderia ter tirado a sua vida, um divórcio, um anúncio de noivado e um bebê

AFP
24/07/2020 às 17:16.
Atualizado em 25/03/2022 às 18:04

Uma vitória eleitoral, o Brexit, uma crise de saúde global que poderia ter tirado a sua vida, um divórcio, um anúncio de noivado e um bebê. O primeiro ano do britânico Boris Johnson no poder foi avassalador.

O líder conservador de 56 anos comemora seu primeiro ano como primeiro-ministro nesta sexta-feira (24).

"Há um ano, eu estava subindo as escadas em Downing Street e prometi ao povo britânico realizar o Brexit e depois unir e melhorar o país", lembrou.

"Iniciamos o Brexit e fizemos grandes avanços no cumprimento de suas prioridades. Então, nosso país foi atingido pelo golpe devastador do coronavírus", afirmou em nota pelo seu aniversário no governo.

Em meados de julho de 2019, Boris Johnson tornou-se um deputado comum depois de renunciar ao Ministério das Relações Exteriores de Theresa May, por discordar de sua estratégia sobre a aplicação do Brexit, apoiado por ele no referendo de junho 2016.

O ex-prefeito de Londres ressurgiu quando May foi obrigada a renunciar, depois que o Parlamento rejeitou repetidamente seu acordo negociado com Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia.

Boris Johnson obteve facilmente a liderança do Partido Conservador e, em seguida, do país. Então, se arriscou ao antecipar as eleições legislativas para reconquistar a maioria perdida na votação anterior em maio.

BoJo alcançou uma vitória esmagadora: a maioria parlamentar mais ampla desde Margaret Thatcher abriu caminho para o Reino Unido deixar a UE em 31 de janeiro.

Após 47 anos de um casamento turbulento, esse divórcio marcaria, segundo ele, um "verdadeiro momento de renovação nacional". Mas esse "recomeço", que deveria significar investimentos em serviços públicos e infraestrutura, como prometido durante a campanha, tropeçou na epidemia do novo coronavírus.

Boris Johnson foi criticado por sua lentidão em impor medidas restritivas, enquanto a maioria dos países europeus já havia fechado suas fronteiras e confinado a população.

Com cerca de 45.000 mortes, o Reino Unido é o país europeu mais afetado pelo coronavírus.

"Johnson e sua equipe fariam bem em aproveitar o período de recesso(anunciado neste verão) para mudar a abordagem do governo", disse o Times em editorial na quinta-feira.

O próprio Johnson pagou o preço, contraindo no final de março uma forma grave da COVID-19 que o levou à terapia intensiva e quase o matou.

Algumas semanas após sua alta do hospital, sua noiva Carrie Symonds deu à luz seu primeiro filho. Ele tem quatro outros do seu segundo casamento. Apesar de tudo, Boris Johnson mantém seus partidários fervorosos, que elogiam sua capacidade de delegar e sua determinação.

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