Sem manutenção

Buracos em via de Ártemis fazem aniversário

Moradores do Condomínio Residencial Terras de Ártemis pedem providências urgentes da Secretaria de Obras e Zeladoria para reparos no asfalto da avenida Maria Júlia de Camargo Dini, que dá acesso ao local

Romualdo Cruz Filho
18/01/2023 às 06:32.
Atualizado em 18/01/2023 às 06:32

Apesar dos vários pedidos, a avenida Maria Júlia de Camargo Dini continua esburacada (Divulgação)

Em fevereiro, se nenhuma providência for tomada até lá, será comemorado um ano de aniversário dos pedidos dos moradores do Condomínio Residencial Terras de Ártemis para que a Secretaria de Obras e Zeladoria (Semozel) faça o tapa-buracos da avenida Maria Júlia de Camargo Dini, número 100, que dá acesso ao local.

Os pedidos junto ao Serviço de Informação à População (SIP 156) se avolumam. Um dos primeiros foi o 2022-21259, feito pelo próprio presidente da Associação dos Moradores do Terras de Ártemis, Eber Constantinov. Depois vieram os pedidos 2022-21290, 2022-49971, 2022-63512, entre outros. 

Eber conta que o vereador Josef Borges (Solidariedade) o ajudou nas conversações com a prefeitura. Vale destacar que o parlamentar era líder do governo na Câmara Municipal e morador de Ártemis, além de ser entusiasta da criação de zeladorias regionais em Piracicaba, sendo que a primeira, se criada pelo prefeito Luciano Almeida, seria em sua base eleitoral, quer seja, Ártemis. Mas não adiantou de nada.

"Desde o primeiro pedido, não tivemos nenhum retorno. O vereador Borges nos auxiliou, ele cobrou, ele fez um documento com todos os buracos que haviam no distrito de Ártemis e levou para a Secretaria de Obras, nas mãos do secretário Paulo Ferreira. Conversei com o Paulo inúmeras vezes. Ele é muito gentil e educado. Em todas a circunstância, me pedia um pouco mais de tempo 'Me dá mais 20 dias. Eu sei do problema aí e vou resolver'". 

Segue Eber: "Passado o prazo combinado, falei com ele novamente. 'Paulo, continuamos com o problema'. Ele garantia que o processo estava andando: 'Pô Eber, na semana que vem meu pessoal estará aí'. Passada a semana, todos os moradores esperando pelo conserto da via, e nada. Ele arrumava sempre uma desculpa, seja por causa de chuva, falta de equipe, ruptura de licitação da prefeitura com a empresa. Nos disse ainda que a equipe do Semae viria fazer o serviço. Mas tudo ficou na conversa".

Eber conta que chegou um dia em que o Secretário de Obras disse que seria importante conversar com o dono da empresa que construiu o condomínio, suspeitando inclusive que a empresa não tivesse feito o serviço correto. "Em outras ocasiões a empresa até que fez reparos nas vias. Mas o condomínio existe há 10 anos. Quem recebe IPTU não é a empresa. Nós pagamos mais de R$ 1 milhão de IPTU por ano para a prefeitura. Então não é possível a gente não ter o direito sequer do reparo de uma avenida de acesso. Talvez sejamos ignorados porque ficamos em uma área isolada do bairro. Não sei se devo chamar isso de discriminação reversa. O fato é que não conseguimos sensibilizar a prefeitura para arrumar isso aí."

Eber disse ainda que vários acidentes de trânsito já ocorreram no local em decorrência das más condições da via. A prefeitura foi questionada sobre o problema, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

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