INTERNACIONAL

Campanha presidencial portuguesa é suspensa devido à infecção do presidente

A campanha presidencial portuguesa foi suspensa nesta terça-feira (12) a espera de que o atual chefe de Estado, grande favorito para as eleições de 24 de janeiro, seja novamente submetido a um teste de coronavírus após um primeiro resultado positivo

AFP
12/01/2021 às 12:56.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:55

A campanha presidencial portuguesa foi suspensa nesta terça-feira (12) a espera de que o atual chefe de Estado, grande favorito para as eleições de 24 de janeiro, seja novamente submetido a um teste de coronavírus após um primeiro resultado positivo.

Assintomático e isolado no palácio presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa, um conservador de 72 anos, deve fazer "um teste de confirmação" após um resultado positivo na segunda-feira, que foi seguido horas mais tarde por um segundo teste cujo resultado foi negativo.

Na quarta-feira passada, Rebelo de Sousa já estava algumas horas em "isolamento preventivo" depois de saber que uma pessoa de seu entorno teve resultado positivo.

Em seguida, o presidente deu negativo e não ficou em quarentena, já que o contato com a pessoa afetada foi considerado de "baixo risco".

Os principais candidatos, à espera de saber se eram casos contato do chefe de Estado após uma série de debates televisionados, cancelaram sua agenda pública, já reduzida ao mínimo devido à situação sanitária.

A televisão pública continua anunciando o debate com os sete candidatos nesta terça-feira à noite, mas sua realização parece muito incerta.

Antes que Rebelo de Sousa fosse diagnosticado positivo, a campanha eleitoral - que iniciou oficialmente no domingo - já estava ameaçada pelo possível anúncio de um novo confinamento para conter o aumento de casos de covid-19.

Após superar pela primeira vez os 10.000 casos diários na semana passada, Portugal registrou na segunda-feira 122 mortos em 24 horas e cerca de 4.000 hospitalizados, um recorde.

Diante deste aumento após as festas de fim de ano, o governo se prepara para decretar na quarta-feira uma série de medidas "muito parecidas com o primeiro confinamento de março", declarou o primeiro-ministro Antonio Costa.

"Creio que não há uma solução alternativa ao confinamento geral", alertou neste fim de semana o presidente que, segundo as pesquisas, é o grande favorito da eleição presidencial, na qual pode ser eleito em primeiro turno.

"Com ou sem covid, esta eleição vai de qualquer jeito registrar um recorde de abstenção histórica", que poderia chegar a 75%, afirma o cientista político Carlos Jalali, da Universidade de Aveiro, ao jornal Publico.

Segundo ele, o índice de participação manterá uma tendência baixa já observada em eleições presidenciais anteriores, que estará acentuada pela muito provável vitória do atual presidente.

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