A Igreja católica alemã enfrenta uma nova crise depois da recusa de um de seus eclesiásticos mais destacados, o cardeal de Colônia, em publicar um relatório sobre abusos sexuais de menores por parte de membros de sua diocese
A Igreja católica alemã enfrenta uma nova crise depois da recusa de um de seus eclesiásticos mais destacados, o cardeal de Colônia, em publicar um relatório sobre abusos sexuais de menores por parte de membros de sua diocese.
"Nos encontramos na maior crise que a Igreja já viveu, o Arcebispo de Colônia tem fracassado com a instância moral", denunciou Tim Kurzbach, presidente do conselho diocesano de Colônia, que reúne eclesiásticos e laicos.
Como consequência disso, o conselho decidiu retirar sua confiança desta autoridade, o monsenhor Rainer Maria Woelki, uma atitude pouco comum, condicionando a retomada da colaboração - particularmente no projeto sinodal para a modernização da Igreja - à publicação deste documento.
"As autoridades devem finalmente assumir sua responsabilidade", insistiu Kurzbach.
A decisão recebeu o apoio do influente comitê central dos católicos alemães, que representa os laicos na Igreja católica romana na Alemanha.
O cardeal Woelki, um conservador, é há muitos meses criticado após ter se negado a publicar um estudo independente do qual estava encarregado, sobre a possível responsabilidade de altos dignitários de seu arcebispado nos abusos sexuais, provocando a ira das vítimas.
Esta investigação, realizada por advogados de Munique, se refere a agressões cometidas em sua diocese entre 1975 e 2018.
Ele justificou que esta decisão ocorre pela proteção dos dados das pessoas citadas e por falta de independência dos investigadores que levaram adiante o estudo sobre a diocese de Colônia, a maior do país.
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