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Cardeal alemão se recusa a divulgar importante relatório sobre abusos sexuais na Igreja

A Igreja católica alemã enfrenta uma nova crise depois da recusa de um de seus eclesiásticos mais destacados, o cardeal de Colônia, em publicar um relatório sobre abusos sexuais de menores por parte de membros de sua diocese

AFP
29/01/2021 às 16:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:20

A Igreja católica alemã enfrenta uma nova crise depois da recusa de um de seus eclesiásticos mais destacados, o cardeal de Colônia, em publicar um relatório sobre abusos sexuais de menores por parte de membros de sua diocese.

"Nos encontramos na maior crise que a Igreja já viveu, o Arcebispo de Colônia tem fracassado com a instância moral", denunciou Tim Kurzbach, presidente do conselho diocesano de Colônia, que reúne eclesiásticos e laicos.

Como consequência disso, o conselho decidiu retirar sua confiança desta autoridade, o monsenhor Rainer Maria Woelki, uma atitude pouco comum, condicionando a retomada da colaboração - particularmente no projeto sinodal para a modernização da Igreja - à publicação deste documento.

"As autoridades devem finalmente assumir sua responsabilidade", insistiu Kurzbach.

A decisão recebeu o apoio do influente comitê central dos católicos alemães, que representa os laicos na Igreja católica romana na Alemanha.

O cardeal Woelki, um conservador, é há muitos meses criticado após ter se negado a publicar um estudo independente do qual estava encarregado, sobre a possível responsabilidade de altos dignitários de seu arcebispado nos abusos sexuais, provocando a ira das vítimas.

Esta investigação, realizada por advogados de Munique, se refere a agressões cometidas em sua diocese entre 1975 e 2018.

Ele justificou que esta decisão ocorre pela proteção dos dados das pessoas citadas e por falta de independência dos investigadores que levaram adiante o estudo sobre a diocese de Colônia, a maior do país.

ilp/ylf/mr/mab/eg/gf/bn

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