A Caterpillar Brasil apresentou ontem na unidade de Piracicaba a sua nova linha de montagem de motoniveladoras de última geração, que agregam novas tecnologias e processos, na maior e mais moderna fábrica do equipamento no mundo. Máquinas da CAT Brasil são vendidas para 120 países
Odair Renosto disse que foram investidos R$ 600 milhões na moderna fábrica de motoniveladoras (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
A Caterpillar Brasil apresentou ontem à imprensa o resultado dos investimentos em sua nova linha de montagem de motoniveladoras em operação. De acordo com o presidente da unidade de Piracicaba, Odair Renosto, foram necessários R$ 600 milhões para se construir a maior e mais moderna fábrica do equipamento no mundo, considerado um dos símbolos da produção nacional. Todo o projeto deve ser concluído em 2023.
Além do prefeito Luciano Almeida, fizeram parte da mesa diretiva do evento o vice-presidente mundial da divisão de motoniveladoras da CAT, Frédéric Istas.
"Começamos a produzir motoniveladoras no país na década de 1960, desde então, já foram fabricadas mais de 80 mil unidades para atender as mais diferentes necessidades globais", disse Renosto.
"De lá para cá muitas coisas mudaram e a CAT seguiu sempre na linha de frente da inovação. Esses investimentos iniciados em 2018 vão permitir a criação de equipamentos de nova geração, com novas tecnologias e processos".
A planta da unidade será 50% maior que a anterior e com a mais alta tecnologia robótica. A CAT está também com um novo logotipo para evitar falsificações. No fundo da palavra CAT há uma espécie de colmeia onde estão criptografadas informações para impedir o trabalho de infratores.
"Na linha de montagem podemos ver máquinas diversas, de modelos diferentes, umas com volantes e outras com join stick, há máquinas, inclusive, com tanta tecnologia e que exigem combustíveis especiais, para atender países específicos, tanto é que teriam dificuldades para circular no Brasil", observou o assessor de comunicação Renato Sanchez, durante a visita da linha de produção.
Sobre o mercado da CAT, Renosto contou que o setor privado é o maior consumidor das motoniveladoras, representando 98% do consumo, focado predominantemente em infraestrutura e mineração, sendo os EUA o maior mercado demandante. Boa parte dos componentes de todas as máquinas também é de produção brasileira. "Contamos com um conteúdo nacional correspondente a pouco mais de 50% dos componentes, o que torna nossa balança comercial superavitária", observou.
Parte dos motores, por exemplo, é produzida em Curitiba, outra parcela é comprada dos EUA e China. As máquinas abastecem cerca de 120 países do mundo. Renosto destacou o fato de a CAT ter sua própria fonte geradora de energia, a partir de usina fotovoltaica. "Temos uma usina própria e ela compõe nossa estratégia que segue os parâmetros mundiais de produção limpa e de sustentabilidade, para a preservação ambiental", concluiu.
Luciano Almeida disse que todos os recursos do setor privado para investimentos em Piracicaba são bem-vindos. "Este é mais um investimento que compõe os R$ 4,1 bilhões que estão sendo investidos pelo setor industrial na cidade, para geração de empregos qualificados, anunciados recentemente em nosso mandato. Destaco também que a planta da CAT de Piracicaba é um exemplo para o mundo".
Ele aproveitou a ocasião para homenagear o ex-prefeito Adilson Maluf, um dos responsáveis pela vinda da Caterpillar a Piracicaba. Criticou os negativistas que não acreditam no crescimento econômico do município. "Há, sim, partes do mundo que não vão bem. Mas o Brasil vai bem e Piracicaba está tendo crescimento e segue o caminho certo".