O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu o Conselho de Segurança, nesta quinta-feira (11), que, sem uma "ação imediata", "milhões de pessoas" estarão em risco de sofrer "fome extrema e morte" no mundo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu o Conselho de Segurança, nesta quinta-feira (11), que, sem uma "ação imediata", "milhões de pessoas" estarão em risco de sofrer "fome extrema e morte" no mundo.
"Os impactos climáticos e a pandemia da covid-19 alimentam" o risco, afirmou Guterres, durante uma reunião do Conselho sobre o vínculo entre fome e segurança organizada pelos Estados Unidos, acrescentando que, em cerca de 30 países, "mais de 30 milhões de pessoas estão a um passo de serem declaradas em situação de fome".
"Tenho uma mensagem simples: se você não alimenta as pessoas, alimenta o conflito.
"Fome e inanição não são mais por falta de comida. Agora são em grande parte causadas pelo homem, e eu uso o termo deliberadamente", disse Guterres.
"Não há lugar para fome e inanição no século 21".
No final de 2020, mais de 88 milhões de pessoas sofriam de fome aguda devido a conflitos e instabilidade, um aumento de 20% em um ano, disse ele, apontando para uma tendência de piora em 2021.
As áreas de alto risco são o Sahel, o Chifre da África, o Sudão do Sul, o Iêmen e o Afeganistão.
Guterres anunciou que lançará uma força-tarefa "para evitar a catástrofe" depois que o Programa Mundial de Alimentos e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura solicitaram uma mobilização emergencial de 5,5 bilhões de dólares.
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