INTERNACIONAL

China condena ativistas de Hong Kong a penas de até três anos de prisão

Dez ativistas pró-democracia de Hong Kong que tentaram fugir pelo mar para Taiwan foram condenados nesta quarta-feira por um tribunal da China continental a penas de sete meses a três anos de prisão

AFP
30/12/2020 às 07:30.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:25

Dez ativistas pró-democracia de Hong Kong que tentaram fugir pelo mar para Taiwan foram condenados nesta quarta-feira por um tribunal da China continental a penas de sete meses a três anos de prisão.

Seis meses depois da adoção de uma lei draconiana sobre a segurança nacional em Hong Kong, o processo é representativo da crescente influência de Pequim na ex-colônia britânica, que se tornou um território semiautônomo chinês em 1997.

Doze homens, o mais jovem de 16 anos, foram detidos no mar pela Guarda Costeira chinesa a 70 km de Hong Kong em 23 de agosto. Eles foram entregues à polícia de Shenzhen (sul da China).

União Europeia e Estados Unidos exigiram a libertação dos ativistas.

O ministro britânico das Relações Exteriores, Dominique Raab, afirmou que o Reino Unido, ex-potência colonial em Hong Kong, estava "profundamente preocupado" com o fato de que os ativistas foram "julgados em segredo".

Os acusados tentavam chegar a Taiwan, ilha rival da China continental.

Dois deles foram condenados condenados respectivamente a três e dois nos de prisão por seu papel como "organizadores de travessia ilegal da fronteira", anunciou o tribunal do distrito de Yantian, em Shenzhen, onde o grupo foi julgado esta semana.

Eles poderiam ter sido condenados a penas de até sete anos de prisão.

Outros oito homens, simples passageiros, foram condenados a sete meses de prisão por "travessia ilegal da fronteira". A pena máxima para o delito é um ano de detenção.

Eles podem sair da prisão em três meses caso a justiça considera o tempo que já passaram em detenção provisória.

Os 10 homens "admitiram sua culpa" durante o processo, anunciou o tribunal em um comunicado, o que explica em parte as penas relativamente mais brandas.

Todos foram condenados a pagar multas que vão de 10.000 a 20.000 yuanes (1.500 a 3.000 dólares).

A justiça acusou o grupo pela passagem sem autorização de Hong Kong a China continental, um trajeto que exige uma permissão especial e a entrada por um posto de fronteira oficial.

Ao mesmo tempo, dois menores de idade que estavam a bordo da embarcação foram entregues nesta quarta-feira às autoridades de Hong Kong, anunciou a polícia da ex-colônia britânica.

Não foram apresentadas acusações contra eles porque também "admitiram sua culpa", anunciou a Promotoria do distrito de Yantian.

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