A China informou nesta quarta-feira (18) que dois funcionários da rede de frios testaram positivo para covid-19 na cidade de Tianjin, norte do país, em um momento de crescente desconfiança em relação aos alimentos congelados importados, relacionados com vários focos de infecção
A China informou nesta quarta-feira (18) que dois funcionários da rede de frios testaram positivo para covid-19 na cidade de Tianjin, norte do país, em um momento de crescente desconfiança em relação aos alimentos congelados importados, relacionados com vários focos de infecção.
O país conseguiu controlar a epidemia desde a primavera (hemisfério norte), graças a medidas draconianas (testes em larga escala, confinamento, quarentena na chegada ao território, rastreamento dos deslocamentos) e ao uso da máscara.
Atualmente, a China registra alguns novos casos diários, a maioria de viajantes procedentes do exterior.
Nas últimas semanas, o país organizou amplas campanhas de detecção em alimentos importados, após a descoberta de vestígios do coronavírus em algumas embalagens.
Na cidade de Wuhan (centro), onde o vírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019, as autoridades anunciaram na sexta-feira que encontraram o SARS-CoV-2, o vírus que provoca a covid-19, em carne bovina congelada procedente do Brasil.
Outros quatro municípios informaram, também na semana passada, a presença de coronavírus em amostras de alimentos congelados procedentes do exterior, incluindo porcos da Argentina e peixes da Índia.
A Alfândega chinesa anunciou que examinou mais de 800.000 amostras de produtos congelados importados e suspendeu as entregas de 99 fornecedores estrangeiros.
As suspeitas começaram em junho, durante um foco de infecção em Pequim, quando foram detectados vestígios do vírus no material utilizado para tratar o salmão importado.
Os dois trabalhadores de Tianjin, a grande metrópole portuária que fica 100 km ao sudeste da capital, "estiveram em contato com produtos contaminados da rede de frios", afirmaram as autoridades.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "atualmente não há provas de que as pessoas possam contrair covid-19 a partir de alimentos, ou de embalagens de alimentos".
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