INTERNACIONAL

China teme novo surto de COVID-19, que não dá trégua ao Brasil

A China registrou o maior número de novos casos de coronavírus em vários meses nesta domingo, alimentando temores de uma recorrência da pandemia, que continua a impactar fortemente nos Estados Unidos, e com particular intensidade no Brasil, o segundo país mais afetado no mundo depois dos Estados Unidos

AFP
14/06/2020 às 22:28.
Atualizado em 27/03/2022 às 16:46

A China registrou o maior número de novos casos de coronavírus em vários meses nesta domingo, alimentando temores de uma recorrência da pandemia, que continua a impactar fortemente nos Estados Unidos, e com particular intensidade no Brasil, o segundo país mais afetado no mundo depois dos Estados Unidos.

O confinamento, uso de máscaras e testes de diagnóstico haviam retardado a disseminação da COVID-19 na China, onde surgiu em dezembro em Wuhan (centro) para depois se disseminar pelo planeta, deixando mais de 431.000 mortos e sete 8 milhões de infectados.

Após semanas mantendo o vírus sob controle, as autoridades chinesas anunciaram 57 novos casos neste domingo, incluindo 36 contágios locais em Pequim.

Esses casos estão ligados ao mercado de Xinjadi, que fornece a maior parte dos produtos frescos da capital.

O novo foco levou as autoridades a isolar 11 bairros residenciais vizinhos, fechar nove escolas e jardins de infância e suspender eventos esportivos, jantares e visitas de grupos de outras províncias.

Mais de 10.000 pessoas foram testadas na área, onde oito novos casos foram registrados neste domingo.

"Fui ao mercado de Xinfadi, então quero confirmar que não estou infectado", disse uma mulher, cujo nome é Guo, 32 anos, enquanto fazia fila em um estádio para fazer o teste.

A pandemia está acelerando na América Latina, com mais de 78.300 mortes e 1,6 milhão contágios, ameaçando saturar os sistemas de saúde e em meio a controvérsias políticas.

Com 43.332 mortes e 867.624 casos, o Brasil se consolida como o segundo país mais atingido no mundo.

A Argentina, que bateu um recorde diário no sábado, continuou registrando aumentos no domingo, com 31.564 casos confirmados e 833 mortes.

"Acho que o pior ainda está por vir", previu o ministro da Saúde, Ginés González García, à mídia local.

O México - o segundo país latino-americano mais afetado - acumula 16.872 mortes e mais de 142.600 casos. Na Colômbia os contágios subiram em quase 2.200 no domingo, para 50.939 e 1.667 mortes.

No Chile, cujo ministro da Saúde renunciou na sexta-feira por questões sobre o verdadeiro número de mortos, seu sucessor, Enrique Paris, disse que os balanços somarão os casos de mortes por suspeita de coronavírus. Com esse novo método de contagem, o número poderá dobrar em relação ao atual, com mais de 3.300 óbitos.

O Panamá, que atingiu o maior número de infecções em 24 horas no sábado, ultrapassou 20.000 casos, com 429 mortes.

Enquanto isso, o governo de El Salvador anunciou que reabrirá gradualmente sua economia a partir de terça-feira, apesar dos temores de um aumento de infecções.

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