INTERNACIONAL

CIDH preocupada com 'uso excessivo da força' em protestos nos EUA

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou, nesta terça-feira (21), sua preocupação com "o uso excessivo da força" para reprimir protestos em Portland, nos Estados Unidos, e pediu ao governo de Donald Trump que cumpra seus compromissos de proteger os direitos humanos de seus cidadãos

AFP
21/07/2020 às 14:05.
Atualizado em 25/03/2022 às 19:02

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou, nesta terça-feira (21), sua preocupação com "o uso excessivo da força" para reprimir protestos em Portland, nos Estados Unidos, e pediu ao governo de Donald Trump que cumpra seus compromissos de proteger os direitos humanos de seus cidadãos.

Em uma publicação em sua conta do Twitter, o órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) expressou que "observa com preocupação o uso excessivo da força desde #11julho contra protestos em Portland, OR, após o envio de agentes federais e denúncias de prisões sem garantias do devido processo e por fora das autoridades locais".

A morte de George Floyd, um cidadão negro assassinado por um policial branco em 25 de maio em Minneapolis, desencadeou uma onda de manifestações não vistas em décadas nos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial, que persistem na cidade de Portland (Oregon, noroeste do país).

Na semana passada, tropas federais foram enviadas para conter os protestos e as autoridades de Portland denunciaram o uso de táticas excessivas e ilegais por esses reforços, como prender pessoas nas ruas em vans sem identificação.

Nesse sentido, a CIDH destacou que há denúncias de prisões sem garantias do devido processo e fora da ação das autoridades locais, mas também observou "a gravidade dos eventos denunciados na imprensa sobre o uso de veículos disfarçados para transportar pessoas detidas".

Também alertou sobre "prisões sem declarar as acusações e sem que os agentes federais se identifiquem" no ato.

A CIDH também lembrou que os Estados Unidos devem cumprir "suas obrigações de proteger os Direitos Humanos" de seus cidadãos e pediu que respeitem "os direitos e liberdades de expressão, circulação e reunião em espaços públicos".

Na sexta-feira passada, o procurador-geral de Oregon e a associação de direitos humanos União Americana de Liberdades Civis (ACLU) entraram com uma ação contra o governo federal liderado pelo republicano Donald Trump, acusando-o de ultrapassar seus poderes legítimos e de ferir ou ameaçar manifestantes pacíficos.

an/llu/aa

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