EM MAIO

Ciesp registra saldo negativo de empregos

Regional de Piracicaba, ocupa a 26ª colocação no Estado

Juliana Franco
juliana.franco@gazetadepiracicaba.com.br
20/06/2016 às 10:46.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:13

Álvaro Vargas diz que nos últimos 12 meses são menos 5,7 mil empregos (Antonio Trivelin)

O setor metalúrgico foi o que apresentou pior desempenho em maio. Segundo pesquisa divulgada pelo Ciesp, a Diretoria Regional de Piracicaba fechou o mês com 300 postos de trabalho negativos (variação de -0,95%) e ocupa a 26ª colocação no ranking estadual – que inclui 35 unidades. No período, o segmento de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos foi o que mais demitiu (-11,63%), seguido de máquinas e equipamentos (-0,70%). “Há anos a área da Metalurgia sofre. A justificativa para que continuem em funcionamento é que parar a Indústria custa mais caro. Os empresários têm crédito bancário para pagar, funcionários e demitir não é o caminho, já que muitos não possuem verba para fazer os pagamentos destes desligamentos”, explica o diretor regional do Ciesp Piracicaba, Álvaro Vargas. No mesmo período do ano passado, a diretoria regional fechou o quinto mês do ano com menos mil empregos (-2,16%), o terceiro pior desempenho do Estado de São Paulo. “A base do ano passado era maior, já que o comparativo era com o ano de 2014”, diz Vargas. Entre janeiro e maio deste ano, o Ciesp Piracicaba acumula 350 empregos negativos na Indústria – no ano passado, eram menos 2.600 postos. Nos últimos 12 meses, são menos 5,7 mil empregos, já na comparação com 2015, eram menos 6,7 mil empregos na Indústria. “Apesar da atual taxa cambial ser favorável à exportação, não é da noite para o dia que isto ocorre. Os empreendimentos da Indústria precisam conquistar mercado externo, garantir entregas e ter um espaço no mercado internacional. Diferente de quem trabalha com Agricultura, por exemplo, que tem a alta do dólar como uma glicose na veia. Os países de fora dependem dos nossos produtos”, diz. Apesar do afastamento da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), o diretor regional do Ciesp afirma que até agosto, quando o cenário político brasileiro deve ser definido, a Indústria não deve investir. “Ainda vivemos um período de insegurança e incertezas políticas, diante ao impeachment. Nas últimas seis décadas, nunca vi algo parecido no Brasil. Chego a comparar este período com o de 1929, quando houve a quebra da bolsa de Nova York e tivemos reflexos negativos”, diz Vargas, que complementa: “Nem mesmo os países em guerra apresentam queda de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) em dois anos. Infelizmente, o Brasil não tem credibilidade no cenário internacional. Mas acredito que se o impeachment realmente for aprovado, a reviravolta brasileira será grande e positiva”. Atualmente, a Economia do Brasil é a sétima do mundo. “Consequentemente, o País não pode ser desprezado. A crise não é totalmente perdida, ela faz com que os bons empreendedores usem a criatividade, se tornem mais eficientes e focadas”, finaliza do diretor.

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