Econômica e fácil de armazenar. Estas são algumas das características da aguardada vacina AstraZeneca/Oxford, aprovada nesta quarta-feira (30) pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês) do Reino Unido e que tem cinco características essenciais
Econômica e fácil de armazenar. Estas são algumas das características da aguardada vacina AstraZeneca/Oxford, aprovada nesta quarta-feira (30) pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês) do Reino Unido e que tem cinco características essenciais.
A vacina AstraZeneca/Oxford tem a vantagem de ser mais acessível economicamente (custa 2,50 libras a dose, US$ 3,40).
O fármaco pode ser conservado na temperatura de um refrigerador, entre dois e oito graus centígrados, ao contrário das vacinas da Moderna e Pfizer/BioNTech, que no longo prazo podem ser armazenadas apenas a temperaturas muito reduzidas (-20°C no primeiro caso e -70°C no segundo).
Isto facilita uma vacinação em larga escala.
O diretor-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que a vacina é capaz de combater a nova variante do coronavírus, responsável por um novo surto de casos no Reino Unido.
"No momento, consideramos que deve ser eficaz contra a mutação", declarou Soriot ao jornal Sunday Times. "Mas não podemos ter certeza, então faremos testes", completou.
Também afirmou que serão preparadas novas versões, em caso de necessidade.
A vacina foi elaborada pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. Esta é a segunda vacina aprovada pela MHRA, após a da Pfizer/BioNTech, aplicada no Reino Unido desde 8 de dezembro em mais de 600.000 pessoas.
Reino Unido, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia com mais de 71.000 mortes, encomendou 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, e 40 milhões estarão disponíveis até o fim de março. A vacinação deve começar em 4 de janeiro.
A AstraZeneca afirma que será capaz de produzir três bilhões de doses de sua vacina para todo mundo em 2021.
A vacina Oxford/AstraZeneca é de "vetor viral": toma como base outro vírus (um adenovírus de chimpanzé) que foi transformado e adaptado para combater o coronavírus.
É a primeira vacina que teve os resultados de eficácia validados por uma revista científica. De acordo com os dados publicados pela The Lancet em 8 de dezembro, o fármaco "é seguro e eficaz".
Dos 23.754 voluntários que participaram dos testes, apenas um paciente vacinado sofreu um "efeito indesejável grave que provavelmente está relacionado" com a injeção, de acordo com os dados publicados pela revista.