INTERNACIONAL

Cinco momentos importantes na vida política de Shinzo Abe

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, deixou nesta quarta-feira (16) seu cargo, dando lugar, por motivos de saúde, ao seu braço direito Yoshihide Suga, após quase oito anos de governo, um recorde nacional

AFP
21/09/2020 às 18:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 00:14

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, deixou nesta quarta-feira (16) seu cargo, dando lugar, por motivos de saúde, ao seu braço direito Yoshihide Suga, após quase oito anos de governo, um recorde nacional.

Veja uma seleção dos momentos de destaque de sua gestão em nível internacional.

Em 26 de dezembro de 2013, exatamente um ano após seu retorno ao poder, Shinzo Abe visitou o santuário Yasukuni em Tóquio, um local simbólico odiado pela China e Coreia do Sul por glorificar o militarismo japonês, que afetou os dois países na primeira metade do século XX.

Desde 2006, os sucessivos chefes de Governo japoneses evitaram cuidadosamente Yasukuni. No entanto, Abe, um nacionalista ansioso por revisar a Constituição pacifista do Japão, assegurou que seu gesto tinha como objetivo enviar uma mensagem de paz.

Mas gerou um escândalo diplomático e provocou a ira da China e da Coreia do Sul, e até protestos dos Estados Unidos, aliado mais próximo do Japão.

Ao contrário de parlamentares de seu partido e membros de seu governo, Abe renunciou posteriormente às visitas a Yasukuni, limitando-se a enviar oferendas ocasionalmente.

Em uma mensagem de reconciliação, desta vez bem sucedida, Abe recebeu Barack Obama em Hiroshima em 27 de maio de 2016, a primeira visita de um presidente dos Estados Unidos à cidade que foi martirizada pela bomba atômica.

Esta visita histórica, na qual Obama, entre outras coisas, abraçou um sobrevivente de Hiroshima e apelou para a construção de um mundo sem armas atômicas, foi um dos sucessos de que Abe se orgulha.

No final de 2016, sempre com Obama e no mesmo espírito de reconciliação, Abe viajou para Pearl Harbor (Havaí), local do ataque japonês aos Estados Unidos em 7 de dezembro de 1941, que precipitou a entrada dos americanos na Segunda Guerra Mundial.

No dia 21 de agosto de 2016, na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Shinzo Abe, como representante do país sede das próximas Olimpíadas, apareceu fantasiado de Mario, o encanador bigodudo astro da gigante japonesa de videogame Nintendo.

"Queria mostrar ao mundo a influência do Japão com a ajuda de um personagem japonês", explicou ele posteriormente.

"Eu não tinha certeza sobre a reação do público, mas recebi muitos aplausos".

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, com os quais Abe sonhava em completar seu mandato, foram adiados para 2021 devido à pandemia do coronavírus, e a organização dos mesmos se anuncia muito delicada devido à situação de saúde global.

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