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Clubes seriam prejudicados se paralisação das ligas europeias for definitiva

Uma conclusão definitiva dos campeonatos europeus devido à pandemia do novo coronavírus pode prejudicar muitos clubes, desde os que disputam o título até os que lutam para evitar o rebaixamento, ou aqueles que estão prestes a conseguir uma vaga nos torneios europeus

AFP
12/04/2020 às 20:07.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:21

Uma conclusão definitiva dos campeonatos europeus devido à pandemia do novo coronavírus pode prejudicar muitos clubes, desde os que disputam o título até os que lutam para evitar o rebaixamento, ou aqueles que estão prestes a conseguir uma vaga nos torneios europeus.

Uma espera que remonta a 1990. O Liverpool, com uma vantagem de 25 pontos sobre o Manchester City no momento da paralisação da Premier League, estava conquistando seu primeiro título da liga em 30 anos. Agora os torcedores dos "Reds" temem que essa possibilidade possa desaparecer.

Mas o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, se mostrou contra essa possibilidade: "É impossível que o Liverpool termine sem o título. Se os jogos forem disputados, ele quase certamente vencerá (...) Se o campeonato não puder ser disputado, teremos que encontrar um meio e um critério a partir dos quais os resultados serão declarados e os vencedores designados".

Assim, embora a Uefa utilize todos os meios para evitá-la, a interrupção definitiva da temporada é sem dúvida uma possibilidade, dado o confinamento imposto nos grandes países do futebol europeu desde o início de março.

Nesse caso, a opção de declarar a classificação atual como definitiva poderia ser imposta no lugar de uma temporada em branco, que fosse simplesmente cancelada.

Mas essa opção, assim como as outras, não está livre de dificuldades.

Porque se na Inglaterra com o Liverpool e na França com o PSG - com 12 pontos a mais que o Olympique de Marselha - o campeonato parecia decidido, não é o caso no restante das principais ligas. Na Bundesliga alemã, o Borussia Dortmund está em segundo e quatro pontos atrás do Bayern de Munique. Na Espanha, o Barcelona tem apenas dois pontos a mais do que seu rival, o Real Madrid.

E o equilíbrio é ainda maior na Itália, onde a Juventus lidera a Serie A com um ponto a mais que a Lazio, que sonha em conquistar o "Scudetto" pela terceira vez em 120 anos de história.

Assim, não surpreende que o presidente do clube romano, Claudio Lotito, seja a voz mais proeminente do grupo favorável à retomada do campeonato na Itália, o país europeu mais afetado pela pandemia da COVID-19, com quase 20.000 mortes no saldo de sábado e cuja população deve ficar confinada pelo menos até o dia 3 de maio.

Caso a classificação atual seja a definitiva, os clubes que estão fora das posições classificatórias para a Liga dos Campeões também seriam prejudicados.

Na Inglaterra, o Tottenham de José Mourinho, finalista da Liga dos Campeões no ano passado, ocupa apenas o oitavo lugar atualmente na Premier League. Logo atrás está o Arsenal, outro tradicional europeu que ficaria de fora, em caso de paralisação definitiva.

Na França, o Lyon, 7º da Ligue 1, se daria adeus por pelo menos um ano das competições europeias. Seria a primeira vez desde 1995 para o clube francês.

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