Com 18 hospitais públicos e privados com leitos completamente ocupados por pacientes da covid-19 e com fila de espera que contava com 70 pessoas à espera de uma Unidade de Terapia Intensiva para tratar a doença, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou nesta sexta-feira, 5, medidas de isolamento social mais restritivas
Com 18 hospitais públicos e privados com leitos completamente ocupados por pacientes da covid-19 e com fila de espera que contava com 70 pessoas à espera de uma Unidade de Terapia Intensiva para tratar a doença, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou nesta sexta-feira, 5, medidas de isolamento social mais restritivas. O toque de recolher, que antes estava em vigor das 22h às 6h, foi ampliado para ocorrer das 20h às 6h do dia seguinte, de segunda a sábado, e ao longo de todo o dia do domingo até 17 de março.
A partir deste sábado, 6, fica proibido o funcionamento de parques esportivos, circos, clubes sociais, atividades religiosas, aulas e eventos corporativos. Ao detalhar as medidas, Fátima chorou.
"O RN vive um pré-colapso no seu sistema. Todos os esforços estão sendo feitos para abertura de novos leitos, mas esse trabalho não está sendo o bastante para conter a propagação do vírus. Não vou iludir a população do Rio Grande do Norte afirmando que basta abrir leitos. É imperativo que a gente adote o isolamento social", declarou a governadora.
O número de casos confirmados e de ocupação de leitos clínicos e críticos para o tratamento da covid-19 nas redes pública e privada de saúde no Estado cresceu exponencialmente nos últimos dias. São 171.943 casos confirmados e 3.709 óbitos pela doença, sendo 14 nas últimas 24 horas.
Sob o argumento dos riscos à economia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido forte opositor das medidas de lockdown desde o início da crise sanitária, embora essa seja a recomendação dos especialistas para frear o vírus em cenários de transmissão descontrolada. Na semana passada, ele chegou a ameaçar o não pagamento do auxílio emergencial aos governadores que fechassem o comércio, o que motivou reação dos gestores estaduais.