INTERNACIONAL

Com mais de 130 mortos no mundo por COVID-19, OMS perde recursos dos EUA

Mais de 130.000 pessoas morreram de coronavírus no mundo, abalado nesta quarta-feira (15) pela decisão do presidente Donald Trump de suspender a contribuição dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde (OMS)

AFP
15/04/2020 às 18:19.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:46

Mais de 130.000 pessoas morreram de coronavírus no mundo, abalado nesta quarta-feira (15) pela decisão do presidente Donald Trump de suspender a contribuição dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde (OMS).

A decisão de Trump provocou uma avalanche de críticas de aliados e inimigos, mas os líderes mundiais, por outro lado, deram uma rara demonstração de unidade, decidindo suspender a dívida dos países mais pobres do planeta por um ano, para permitir que eles enfrentem a crise.

Na Europa, que tem mais de dois terços das 131.319 mortes registradas no mundo, países como Alemanha e Dinamarca anunciaram os primeiros passos para reduzir o confinamento, a medida que marcou mais dramaticamente essa crise global de saúde.

Donald Trump acusou a OMS de "má administração" e "ocultação" de informações no início desta pandemia na China em dezembro.

O surto poderia ter sido contido "com pouquíssimas mortes" se a OMS tivesse avaliado objetivamente a situação na China, que Trump considera muito influente na organização.

Os Estados Unidos doaram no ano passado 400 milhões dólares à OMS. A perda desse financiamento é um enorme buraco nas finanças da organização.

"Não há tempo a perder" com controvérsias, reagiu no Twitter o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmando depois que "lamentava" a decisão de Trump.

O gerenciamento de crises pela OMS será revisto "no devido tempo", acrescentou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a decisão americana e considerou que "não é hora de reduzir o financiamento" para organizações que combatem a pandemia.

Da União Europeia à China, vários países e organizações condenaram essa iniciativa de Washington.

"Devemos trabalhar em estreita colaboração contra o COVID-19. Um dos melhores investimentos é fortalecer as Nações Unidas, em particular a OMS", destacou o chefe da diplomacia alemã, Heiko MaaMaas, enquanto a Rússia denunciou "uma atitude muito egoísta". por parte de Washington.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, declarou que a OMS pode ter errado na "falta de autonomia em relação aos Estados".

Na Dinamarca, as crianças começaram a retornar para as escolas, que precisam instaurar medidas de segurança, começando por uma distância de dois metros entres as mesas.

Alguns pais consideraram a reabertura precipitada e afirmaram que seus filhos não são "ratos de laboratório".

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