INTERNACIONAL

Combates na fronteira Colômbia-Venezuela deixam dois mortos e 32 detidos

Dois militares venezuelanos morreram e 32 colombianos foram detidos em confrontos na fronteira entre os dois países registrados no domingo - informou a Força Armada da Venezuela em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22)

AFP
26/03/2021 às 12:44.
Atualizado em 22/03/2022 às 04:55

Dois militares venezuelanos morreram e 32 colombianos foram detidos em confrontos na fronteira entre os dois países registrados no domingo - informou a Força Armada da Venezuela em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22).

O texto indica que "houve confrontos com grupos irregulares armados colombianos no setor de La Coromoto, no município José Antonio Páez, no estado de Apure" (sudoeste), que deixaram como resultado "o lamentável falecimento" de um major e de um tenente, além de "vários feridos".

Durante a operação, foram capturados "32 sujeitos", e "apreendidos armamento, munições, explosivos, apetrechos de guerra, veículos e drogas".

Nesses confrontos, executados como parte da chamada operação Escudo Bolivariano 2021 ordenada pelo presidente Nicolás Maduro, "um dos líderes conhecidos como "El Nando" também foi neutralizado", acrescentou o texto assinado pelo ministro da Defesa venezuelano, o general Vladimir Padrino.

Maduro confirmou os combates no domingo na televisão pública e disse que seu governo terá "tolerância zero" com "grupos armados que venham da Colômbia no território venezuelano".

No domingo, autoridades colombianas informaram que o confronto deixou vários feridos e gerou o deslocamento de uma família para o departamento vizinho colombiano de Arauca, disse o prefeito do município de Arauqita, Etelivar Torres.

Segundo Torres, uma família com uma mulher grávida teve que sair de sua casa devido à violência e está agora na cidade fronteiriça de Arauquita, enquanto outras oito famílias solicitaram apoio de órgãos de socorro colombianos.

Apesar de compartilharem uma fronteira de 2.200 km, Colômbia e Venezuela não mantêm relações diplomáticas desde que Bogotá reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente interino em janeiro de 2019.

Embora Guaidó seja reconhecido como presidente interino por cerca de cinquenta países, com os Estados Unidos à frente, Maduro mantém o controle do país com o apoio das Forças Armadas.

O governo do presidente colombiano Iván Duque acusa frequentemente Maduro de abrigar em seu território os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes que se afastaram do acordo de paz assinado em 2016 com a guerrilha FARC, o que Caracas nega.

mbj/rsr/tt/aa

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