INTERNACIONAL

Começa a escolha do júri no julgamento sobre a morte de George Floyd

O julgamento do ex-policial branco Derek Chauvin, acusado de assassinar o afro-americano George Floyd, começou nesta terça-feira (9) com a escolha dos jurados, nove meses após os fatos que reabriram as feridas do racismo e da violência policial nos Estados Unidos

AFP
09/03/2021 às 20:44.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:24

O julgamento do ex-policial branco Derek Chauvin, acusado de assassinar o afro-americano George Floyd, começou nesta terça-feira (9) com a escolha dos jurados, nove meses após os fatos que reabriram as feridas do racismo e da violência policial nos Estados Unidos.

Chauvin, que foi expulso da polícia, enfrenta duas acusações, uma por homicídio em segundo grau e outra por homicídio culposo, na morte de Floyd em 25 de maio, em Minneapolis.

A seleção do júri deveria ter começado na segunda-feira, mas foi adiada em um dia porque a promotoria queria acrescentar uma terceira acusação, a de homicídio em terceiro grau.

Homicídio em segundo grau resulta em uma pena máxima de 40 anos de prisão, enquanto homicídio em terceiro grau acarreta 25 anos.

Uma corte de apelações ainda não se pronunciou sobre esta petição, mas o juiz Peter Cahill decidiu iniciar a seleção do júri de 12 membros.

A escolha dos jurados pode durar até três semanas e estima-se que as discussões iniciais possam começar no dia 29 de março.

Chauvin, de 44 anos, foi expulso da polícia depois que o vídeo de um transeunte o mostrou esmagando o pescoço de Floyd com o joelho por quase nove minutos.

O agente, que foi libertado sob fiança, compareceu ao tribunal nesta terça em um terno cinza e uma máscara preta, ficando em pé atrás de uma tela de acrílico instalada como medida de proteção contra a covid-19.

A morte de George Floyd reabriu as feridas raciais nos Estados Unidos e desencadeou meses de violentos protestos contra o racismo e a brutalidade policial no país e ao redor do mundo.

Os advogados das duas partes têm a difícil tarefa de encontrar jurados que não tenham uma postura definida sobre o caso ou não o conheçam.

Uma potencial jurada, hispânica, foi descartada pela defesa porque fez alusão à "injusta" morte de Floyd.

Ao contrário, outro jurado em potencial, um homem branco entre 20 e 30 anos, foi escolhido. Quando perguntado pelo juiz se poderia ser "justo e imparcial" no julgamento, respondeu que "sim".

O homem disse que nunca viu o vídeo que viralizou e no qual Chauvin aparece pressionando o joelho sobre o pescoço de Floyd.

Também foi escolhida uma jovem de aparência birracial, que disse se sentir "super entusiasmada" de integrar o júri e que não seria influenciada pelo fato de ser sobrinha de um policial.

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