Pressão continua

Comissão convocará secretário para esclarecimentos

O caminho encontrado pelos vereadores de oposição para questionar possíveis "transgressões relacionadas a infrações políticas e administrativas"

Romualdo Cruz Filho
26/05/2023 às 07:03.
Atualizado em 26/05/2023 às 07:03

André Bandeira e Laércio Trevisan (centro) na reunião que definiu os nomes das autoridades que serão convidadas a prestar esclarecimentos (Divulgação)

Com a aprovação do Projeto de Resolução 12/2023, Luciano Almeida terá três meses de dor de cabeça devido a pressões dos seus adversários políticos na Câmara Municipal.

O caminho encontrado pelos vereadores de oposição para questionar possíveis "transgressões relacionadas a infrações políticas e administrativas", como prevê o PR, tem tudo para criar um grande obstáculo em qualquer alternativa oficial para tentar melhorar a imagem do atual governo perante o eleitorado.

O trabalho da comissão, composta por Laércio Trevisan PL), André Bandeira (PSDB) e Josef Borges (SD) é tentar compreender com mais profundidade alguns pedidos de respostas dos vereadores à prefeitura, que segundo os mesmos, acabam chegando de forma superficial e sem consistência. A relação inicial dos documentos que motivam os questionamentos é composta pelas respostas dadas pelo Executivo aos requerimentos 32, 201, 241, 258, 287, 296, 373 e 451/2023, envolvendo questões ambientais, do Semae, destino de prédio municipal, entre outros.

A primeira autoridade convidada a dar esclarecimentos será o secretário municipal de Meio Ambiente e Infraestrutura, Alex Salvaia, em reunião prevista para 15 de junho, às 11h. As questões constam nos requerimentos 296 e 373/2023, sobre a gestão da Piracicaba Ambiental e os ecopontos.

Para o presidente do colegiado, trata-se de "requerimentos com respostas evasivas que impedem o trabalho do vereador", o que provoca, segundo ele, "retardo do ofício do Poder Legislativo". Ele citou o exemplo da resposta do Executivo ao requerimento 32/2023, em que o parlamentar perguntou sobre as providências que foram tomadas a partir "do resultado final da CPI do Semae", concluída pela Câmara em maio do ano passado.

"É uma resposta totalmente evasiva. Diz que está sendo elaborado um relatório pela Fipe e eventualmente dará ciência a esta Casa da decisão tomada. É uma clara evidência de prevaricação do agente público em não tomar as providências constantes do relatório da CPI", comentou Trevisan Jr.
Durante o trabalho da comissão poderão ainda ser incluídos novos assuntos a serem questionados junto ao Executivo.

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