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Comissário de ética do Canadá investigará ministro de Trudeau

A investigação que envolve o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, após a concessão de um importante contrato a uma associação beneficente da qual receberam pagamentos membros de sua família, se estenderá a um de seus ministros, anunciou nesta quinta-feira (16) o Comissário de Ética

AFP
16/07/2020 às 17:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 20:25

A investigação que envolve o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, após a concessão de um importante contrato a uma associação beneficente da qual receberam pagamentos membros de sua família, se estenderá a um de seus ministros, anunciou nesta quinta-feira (16) o Comissário de Ética.

O comissário Mario Dion, funcionário independente do Parlamento, disse no Twitter que a pedido da oposição investigará o ministro das Finanças, Bill Morneau.

Assim como Justin Trudeau, Morneau se desculpou na segunda-feira por não ter se retirado das discussões sobre este contrato, enquanto duas de suas filhas estão colaborando com a associação WE Charity, no centro da controvérsia, uma delas como funcionária.

"Após vários pedidos de parlamentares, o Comissário de Ética (Mario) Dion investigará Bill Morneau", tuitou seu gabinete.

"Será publicado um informe uma vez concluído o estudo", acrescentou detalhando que a investigação levaria uns sete meses.

O anúncio ocorre em um momento em que Trudeau, que chefia um governo em minoria, foi chamado pelos principais partidos da oposição para depor perante uma comissão parlamentar que visa a esclarecer o ocorrido com a concessão deste contrato.

A primeira reunião da comissão estava prevista para a tarde desta quinta, mas o primeiro-ministro não manifestou a intenção de comparecer.

Trudeau se desculpou e admitiu ter cometido um erro ao participar das discussões sobre o contrato concedido à We Charity quando sua mãe, seu irmão e sua esposa tinham recebido pagamentos desta associação nos últimos anos.

No entanto, assegurou que desconhecia o volume de dinheiro pago à sua mãe e ao seu irmão.

O contrato pela gestão de um programa de bolsas estudantis de quase um bilhão de dólares canadenses (US$ 740.000) foi retirado posteriormente da associação, que o teria obtido sem licitação.

A polêmica reacendeu quando a We Charity admitiu, após sustentar o contrário, que tinha pago quase 300.000 dólares canadenses (US$ 221.000) à mãe e ao irmão de Trudeau por discursar nos últimos anos.

A esposa de Trudeau teria recebido 1.500 dólares canadenses (ao redor de US$ 1.110) para um evento em 2012, antes de Trudeau se tornar líder do partido Liberal.

Trudeau foi apontado duas vezes desde 2017 pelo Comissário de Ética por violar a lei de conflito de interesses.

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