O Comitê de Política Financeira (FPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) se reuniu nesta quinta-feira (9) para analisar os impactos do surto da covid-19 no sistema financeiro
O Comitê de Política Financeira (FPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) se reuniu nesta quinta-feira (9) para analisar os impactos do surto da covid-19 no sistema financeiro. O FPC observou que, dada a gravidade da ruptura associada ao novo coronavírus, a atividade econômica estava diminuindo muito acentuadamente. O comitê também destacou que, consistente com a deterioração significativa das perspectivas econômicas, houve quedas importantes em diversos preços de ativos financeiros.
O Comitê geralmente avalia os riscos para a estabilidade financeira do Reino Unido e a resiliência do sistema financeiro britânico nos relatórios semestrais de estabilidade financeira, mas, em função dos impactos nas últimas semanas, será divulgado um Relatório Interino de Estabilidade Financeiro adicional. O documento provisório será publicado em 7 de maio junto com o relatório de política monetária, elaborado pelo Comitê de Política Monetária.
O relatório terá a avaliação dos riscos, levando em conta os choques econômicos e de mercado em andamento. O Comitê já observou que revisões nítidas das perspectivas econômicas e ajustes associados nos mercados financeiros não se traduziram em dificuldades no sistema bancário, como ocorreu durante a crise financeira internacional da década passada. "Com os níveis de capital de nível 1 mais de três vezes maiores do que no início da crise financeira global, os principais bancos do Reino Unido mostraram em repetidos testes de estresse sua capacidade de absorver, usando seus amortecedores de capital, choques de mercado muito graves e recessões globais e do Reino Unido mais graves do que a crise financeira", indicou o FSB.
O documento também levará em consideração a avaliação econômica a ser apresentada no Relatório de Política Monetária de maio. O caminho da atividade econômica associado à interrupção atual provavelmente diferirá significativamente dos cenários anteriores de teste de estresse, segundo a instituição. "Embora seja provável que a atividade diminua muito mais acentuadamente do que no cenário de estresse no curto prazo, espera-se que se recupere mais rapidamente", previu.
O relatório preliminar deverá ainda refletir as ações "sem precedentes" tomadas pelo governo para ajudar a aliviar os graves problemas de fluxo de caixa que as famílias e as empresas enfrentam durante esse período. "Essas medidas incluem apoio fiscal e programas de crédito introduzidos pelo governo, bem como as medidas adotadas pelo próprio Comitê junto ao Banco da Inglaterra, o Comitê de Política Monetária, a Autoridade de Regulação Prudencial e a Autoridade de Conduta Financeira para apoiar a provisão de crédito", citou o documento.