INTERNACIONAL

Comunidade internacional pede libertação imediata do opositor russo Navalny

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, se uniu nesta terça-feira (2) às condenações internacionais contra a sentença emitida por um tribunal russo contra o opositor Alexei Navalny e exigiu sua libertação imediata, como fizeram Reino Unido, Alemanha e União Europeia

AFP
02/02/2021 às 21:33.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:56

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, se uniu nesta terça-feira (2) às condenações internacionais contra a sentença emitida por um tribunal russo contra o opositor Alexei Navalny e exigiu sua libertação imediata, como fizeram Reino Unido, Alemanha e União Europeia.

"Reiteramos nosso apelo ao governo russo para libertar imediatamente e sem condições o senhor Navalny, assim como as outras centenas de cidadãos russos detidos injustamente nas últimas semanas por exercer seus direitos, inclusive os direitos à livre expressão e à manifestação pacífica", disse Blinken em um comunicado.

"Mesmo quando trabalhamos com a Rússia para promover os interesses dos Estados Unidos, nos coordenaremos estreitamente com nossos aliados e sócios para responsabilizar a Rússia por não defender os direitos dos seus cidadãos", disse Blinken, enquanto o presidente americano, Joe Biden, se prepara para estender o novo tratado nuclear START com Moscou.

Blinken acrescentou que os Estados Unidos estão "profundamente preocupados" e que Navalny tinha direitos segundo a Constituição russa.

Em um sinal de forte coordenação, a declaração foi similar à emitida pelo Reino Unido, também momentos depois da decisão judicial em Moscou de que Navalny passe mais tempo na prisão.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também pediu a libertação imediata de Navalni.

"A condenação de Alexei Navalny vai contra os compromissos internacionais da Rússia enquanto Estado de Direito e de liberdades fundamentais. Reivindico sua libertação imediata", escreveu no Twitter o diplomata, dois dias após fazer uma visita a Moscou.

O presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou o encarceramento de Navalny e reforçou que "um desacordo político nunca é um crime".

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu o fim da repressão às manifestações, e primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou um veredicto "covarde".

A Rússia chamou de "ingerência" e "desconectados com a realidade" os pedidos dos países ocidentais.

"Não há necessidade de interferir nos assuntos internos de um Estado soberano. Recomendamos a cada um que se ocupe de seus próprios problemas", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

Um tribunal de Moscou determinou nesta terça o encarceramento do opositor russo por mais de dois anos, revogando a suspensão de uma condenação, o que motivou um protesto de seus apoiadores.

A juíza Natalia Repnikova disse que Navalny, o principal crítico do Kremlin, terá que cumprir três anos e meio de prisão de sua sentença emitida em 2014, exceto os meses que passou em prisão domiciliar aquele ano.

Segundo a corte, Navalny violou as condições de controle judicial do veredicto, e por isso aceitou a solicitação dos serviços penitenciários e da promotoria.

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