O ex-produtor de cinema Harvey Weinstein foi sentenciado nesta quarta-feira a 23 anos de prisão por agressão sexual e estupro, após ser declarado culpado em 24 de fevereiro.
Essas são as principais datas do escândalo que deu origem ao movimento #MeToo, uma iniciativa que combate a violência contra a mulher.
O jornal New York Times publica uma grande investigação detalhando várias alegações de assédio sexual e agressão contra Weinstein ao longo de três décadas. As atrizes Ashley Judd e Rose McGowan são as acusadoras mais conhecidas.
O jornal revela que Weinstein chegou a acordos financeiros com pelo menos oito mulheres para guardarem silêncio sobre os abusos.
"Percebo que a maneira como me comportei com colegas no passado causou muita dor e lamento profundamente", disse Weinstein.
Seu advogado afirma que o ex-produtor "nega muitas das acusações, que são totalmente falsas".
O conselho de administração da produtora de filmes Weinstein Company, da qual o magnata controla com seu irmão Bob, é forçado a demiti-lo alguns dias depois.
A atriz e diretora de cinema italiana Asia Argento diz à revista The New Yorker que Weinstein a estuprou em 1997. Duas outras mulheres também o acusam de agressão sexual.
As atrizes Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Rosanna Arquette se unem à lista de mulheres que denunciam Weinstein por assédio.
Uma porta-voz de Weinstein indica que o produtor nega todas as acusações de relações sexuais não consentidas.
O conselho da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, instituição que concede o Oscar, vota pela expulsão de Weinstein, cujos filmes ganharam dezenas de estatuetas ao longo dos anos.