Confronto por queima de Alcorão termina em vários detidos na Suécia

Entre 10 e 20 pessoas foram presas, e vários policiais ficaram levemente feridos em incidentes registrados na cidade sueca de Malmo (sul), após a queima de um Alcorão por parte de simpatizantes da extrema direita - informou a polícia local neste sábado (29).

Os manifestantes detidos "foram liberados", disse o porta-voz da polícia, Patric Fors, à AFP.

Os primeiros incidentes ocorreram na sexta-feira, no início da noite, nesta que é a terceira maior cidade do país, terminando em violência por volta das 21h locais.

Alguns manifestantes atiraram objetos na polícia e atearam fogo a latas de lixo, em decorrência da "queima de um Alcorão na região" durante o dia, relatou o porta-voz Rickard Lundqvist, citado pelo jornal "Expressen".

Segundo a imprensa local, os manifestantes ligados ao partido dinamarquês de extrema direita Stram Kurs ("Hard Line") seriam os responsáveis pelo ato, praticado em uma zona industrial de Malmo.

Um vídeo divulgado pela imprensa também mostra várias pessoas chutando o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

Na manhã deste sábado, a cidade havia recuperado a calma.

O líder deste partido de extrema direita, Rasmus Paludan, planejava visitar Malmo na sexta-feira para organizar uma manifestação antimuçulmana, na qual ele pediu que exemplares do Alcorão fossem queimados.

As autoridades anunciaram que ele foi proibido de entrar na Suécia por um período de dois anos, alegando "o risco de que seu comportamento constitua (...) uma ameaça aos interesses fundamentais da sociedade".

Paludan acabou sendo detido nas proximidades de Malmo e solto horas depois. Foi posto para fora do território sueco, de acordo com postagem feita pelo próprio em sua página no Facebook."

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