O Congresso dos Estados Unidos se dispõe a votar, nesta segunda-feira (21), um novo plano de apoio a famílias e empresas de cerca de 900 bilhões de dólares, considerado essencial para a primeira economia mundial, fortemente atingida pela pandemia
O Congresso dos Estados Unidos se dispõe a votar, nesta segunda-feira (21), um novo plano de apoio a famílias e empresas de cerca de 900 bilhões de dólares, considerado essencial para a primeira economia mundial, fortemente atingida pela pandemia.
"É um plano de urgência e de sobrevivência", avaliou na segunda-feira o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
O auxílio é "incompleto" e o governo do presidente eleito Joe Biden terá de "preencher as lacunas" em janeiro, acrescentou, referindo-se ao governo que tomará posse em 20 de janeiro.
No entanto, "não devemos subestimar a importância deste pacote" de medidas, afirmou Schumer, "o segundo mais importante da história" dos Estados Unidos.
Após meses de confinamento, democratas e republicanos anunciaram no domingo que haviam chegado a um acordo inicial sobre um pacote de medidas que incluía cheques para as famílias mais atingidas pela crise, ajuda para pequenas empresas e escolas, além de parcelas suplementares de seguro-desemprego de 300 dólares por semana e um subsídio para distribuição equitativa de vacinas contra o coronavírus.
Os legisladores dos Estados Unidos devem finalizar o acordo e aprová-lo nesta segunda-feira, em um momento em que a ameaça de uma paralisação do governo federal, ou "shutdown", não está totalmente excluída.
O Congresso também decidiu prorrogar por 24 horas, até segunda-feira à meia-noite, a legislação que permite o financiamento a curto prazo do governo federal, para que os parlamentares também cheguem a um acordo sobre a nova lei de finanças.
Antes mesmo da votação sobre medidas urgentes de ajuda à economia, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta segunda-feira que cheques de 600 dólares por adulto e por criança para famílias com maiores dificuldades começarão a ser enviados do início da próxima semana.
Mnuchin também comemorou essa ajuda que chega "bem a tempo para as festas" de fim do ano, em declarações à rede CNBC.
"As pessoas vão receber esse dinheiro no início da próxima semana. Será muito rápido", acrescentou o membro do gabinete de Donald Trump.
Essas ajudas diretas se destinam a sustentar o consumo das famílias e, consequentemente, o crescimento. Para famílias com maiores problemas financeiros, deve ajudar a pagar os aluguéis.
"Podemos terminar o ano em uma rara nota otimista", ressaltou Schumer, enquanto a pandemia continua causando estragos no país e a quantidade de desempregados não para de aumentar.
A primeira economia do mundo entrou em profunda recessão na primavera (outono no Brasil), a pior desde a década de 1930, devido à paralisação da atividade para combater o surto do novo coronavírus.
Da noite para o dia, milhões de americanos se viram desempregados.
A retomada sustentada no verão trouxe algum otimismo antes que a segunda grande onda da pandemia interrompesse a criação de empregos e a atividade novamente no outono.
Os legisladores agora têm apenas algumas horas para examinar as centenas de páginas de texto.