INTERNACIONAL

Contágios avançam na Europa, entre protestos contra restrições

A terceira onda da covid-19 segue avançando neste domingo (21) na Europa, com protestos contra as restrições como pano de fundo, e, no mundo, com as praias do Rio de Janeiro fechadas e Miami Beach sob toque de recolher

AFP
25/03/2021 às 21:34.
Atualizado em 22/03/2022 às 04:53

A terceira onda da covid-19 segue avançando neste domingo (21) na Europa, com protestos contra as restrições como pano de fundo, e, no mundo, com as praias do Rio de Janeiro fechadas e Miami Beach sob toque de recolher.

Esta semana, 465.300 novas infecções foram registradas todos os dias no mundo. Com exceção da África e Oriente Médio, todas as regiões registraram altas: + 34% na Ásia, + 18% na Europa, + 15% nos Estados Unidos/Canadá e + 5% na América Latina e Caribe.

"Dado o aumento dos casos da covid-19 nos Estados-membros", o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, decidiu que os dirigentes da União Europeia (UE) se reunirão na quinta e sexta-feira à distância, e não em Bruxelas, informou um porta-voz.

Diante do aumento das infecções, alguns estados da Alemanha defendem a extensão das restrições impostas para conter o vírus até o mês de abril, segundo documento consultado pela AFP, apesar do cansaço dos cidadãos com essas medidas.

No sábado, milhares de pessoas protestaram em vários países europeus (Alemanha, Holanda, Áustria, Bulgária, Suíça, Sérvia, Polônia, França e Reino Unido), bem como no Canadá, contra a "ditadura" das restrições sanitárias.

Pelo menos 36 pessoas foram presas e vários policiais ficaram feridos em Londres durante um dos protestos.

Em Cassel, no centro da Alemanha, houve confrontos com as forças da ordem, que fizeram uso de spray de pimenta, cassetetes e canhões d"água.

"A covid é uma farsa", dizia as faixas de manifestantes, de Montreal a Belgrado.

Essa onda de descontentamento coincidiu com a entrada em vigor de um terceiro confinamento para 21 milhões de franceses, incluindo parisienses, embora menos estrito do que os anteriores, e um confinamento parcial na Polônia.

O governo polonês havia aliviado a pressão em fevereiro, autorizando a reabertura de hotéis, museus, cinemas, teatros e piscinas com capacidade limitada, e agora teve que voltar atrás.

Do outro lado do Atlântico, na Flórida (Estados Unidos), a ilha de Miami Beach foi obrigada a impor toque de recolher devido à chegada de turistas determinados à festa, apesar da pandemia.

"O volume de pessoas é claramente maior do que nos anos anteriores", disse o prefeito de Miami Beach, Dan Gelber.

"Acho que em parte se deve ao fato de que há poucos lugares abertos no resto do país, ou são muito frios, ou estão fechados e também muito frios", comentou.

Na Ásia, as Filipinas também anunciaram novas restrições, como o fechamento de igrejas em Manila, quando as infecções atingiram um número recorde de mais de 7.000 novos casos por dia.

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