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Controladores aéreos encerram greve que suspendeu mais de 70 voos na Bolívia

Os controladores de tráfego aéreo bolivianos e o governo chegaram a um acordo nesta quarta-feira (21) sobre demandas trabalhistas para encerar uma paralisação das operações que durou várias horas e causou a suspensão de mais de 70 voos nacionais e internacionais e deixou centenas de passageiros bloqueados três dias após as eleições presidenciais

AFP
21/10/2020 às 19:49.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:17

Os controladores de tráfego aéreo bolivianos e o governo chegaram a um acordo nesta quarta-feira (21) sobre demandas trabalhistas para encerar uma paralisação das operações que durou várias horas e causou a suspensão de mais de 70 voos nacionais e internacionais e deixou centenas de passageiros bloqueados três dias após as eleições presidenciais.

O sindicato que reúne controladores de tráfego aéreo (Aasana) iniciou a greve à 00h00 local (01h de Brasília) desta quarta-feira em todos os aeroportos do país, inclusive os internacionais de El Alto, Santa Cruz e Cochabamba, disse à AFP o líder Alvaro Guzmán.

"Há dois anos não nos reconhecem como trabalhadores cobertos pela legislação geral do trabalho", que prevê benefícios como aposentadoria e pensão para as famílias em caso de morte de um empregado, explicou Guzmán na sede do sindicato no aeroporto de El Alto.

Catorze horas depois de iniciada a paralisação, o ministro de Obras Públicas, Iván Arias, acordou com o sindicato e autoridades do Aasana "suspender imediatamente as medidas de pressão e a retomada das operações em todos os aeroportos", informou a pasta em um comunicado.

O sindicato, com 1.200 colaboradores que operam 39 aeroportos e aeródromos do país, também receberá um saldo restante de salários atrasados de agosto e setembro, acrescentou a nota.

Arias qualificou a greve como uma "intransigência total" dos dirigentes sindicais.

Alguns voos poderão ser retomados, embora a maior parte terá que ser reprogramada.

Os aeroportos bolivianos retomaram suas operações em junho, após uma paralisação em março pelas restrições relacionadas com a pandemia do novo coronavírus.

A greve ameaçava deixar bloqueados dezenas de observadores internacionais e jornalistas enviados à Bolívia para acompanhar as eleições de domingo, nas quais o economista Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, venceu no primeiro turno o centrista Carlos Mesa.

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