Os controladores de tráfego aéreo bolivianos iniciaram uma greve nesta quarta-feira (21) por demandas trabalhistas, que paralisou voos nacionais e internacionais e deixou centenas de passageiros presos e frustrados três dias após as eleições presidenciais
Os controladores de tráfego aéreo bolivianos iniciaram uma greve nesta quarta-feira (21) por demandas trabalhistas, que paralisou voos nacionais e internacionais e deixou centenas de passageiros presos e frustrados três dias após as eleições presidenciais.
O sindicato que reúne controladores de tráfego aéreo (Aasana) iniciou a greve à 00h00 local (01h de Brasília) desta quarta-feira (21), suspendendo voos em todos os aeroportos do país, inclusive os internacionais de El Alto, Santa Cruz e Cochabamba, disse à AFP o líder Alvaro Guzmán.
"Há dois anos não nos reconhecem como trabalhadores cobertos pela legislação geral do trabalho", que prevê benefícios como aposentadoria e pensão para as famílias em caso de morte de um empregado, explicou Guzmán na sede do sindicato no aeroporto de El Alto.
São 1.200 controladores que atuam nos 39 aeroportos e aeródromos do país andino, segundo Aasana.
Em declarações ao canal Red Uno, o ministro das Obras Públicas, Iván Arias, descreveu a medida como uma "intransigência total" dos dirigentes sindicais, com os quais vai negociar nesta quarta-feira para tentar convencê-los a retomar as operações.
A greve pode prejudicar dezenas de observadores e jornalistas internacionais enviados à Bolívia para as eleições de domingo, nas quais o economista Luis Arce, o golfinho do ex-presidente Evo Morales, venceu de forma esmagadora no primeiro turno o centrista Carlos Mesa.
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