INTERNACIONAL

Coreia do Norte rompe relações diplomáticas com a Malásia

A Coreia do Norte anunciou na sexta-feira (noite de quinta, 18, no Brasil) o rompimento das relações diplomáticas com a Malásia, após a extradição por este país de um norte-coreano para os Estados Unidos, segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores divulgado pela agência oficial KCNA

AFP
19/03/2021 às 10:44.
Atualizado em 22/03/2022 às 04:31

A Coreia do Norte anunciou na sexta-feira (noite de quinta, 18, no Brasil) o rompimento das relações diplomáticas com a Malásia, após a extradição por este país de um norte-coreano para os Estados Unidos, segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores divulgado pela agência oficial KCNA.

Em 17 de março, as autoridades malaias "cometeram um crime imperdoável (...) entregando à força um cidadão inocente (da Coreia do Norte) aos Estados Unidos", segundo o texto.

Por isso, o ministério norte-coreano "anuncia a ruptura total de suas relações diplomáticas com a Malásia", devido a "este ato hostil" cometido contra Pyongyang "com submissão às pressões americanas".

Mun Chol Myong, o norte-coreano extraditado, realizava "atividades legítimas de comércio exterior em Singapura", segundo a agência. "Pretender que está envolvido em lavagem de dinheiro ilegal" é uma "invenção".

Em 3 de março, a mais alta corte da Malásia rejeitou o último recurso de apelação apresentado por este norte-coreano contra a extradição aos Estados Unidos, onde é acusado de lavagem de dinheiro.

Mun, que morava neste país do sudeste asiático havia uma década com sua família, foi detido em 2019 após um pedido de extradição de Washington.

Na corte, ele negou as acusações do FBI (polícia federal americana), que diz que ele chefiava um grupo criminoso encarregado de exportações para a Coreia do Norte, violando assim as sanções internacionais, e que também teria lavado dinheiro através de sociedades de fachada.

É alvo de quatro acusações de lavagem de dinheiro e outras duas de complô para a lavagem de capitais durante seu trabalho em Singapura, segundo seus advogados.

As autoridades não informaram quais bens se supõe que tenha exportado ilegalmente para a Coreia do Norte. No passado, houve casos de exportação de álcool, relógios e artigos de luxo.

ONU, Estados Unidos e outros países impuseram sanções que proíbem a exportação de alguns produtos para a Coreia do Norte, em reação a seus programas nucleares e balísticos.

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