Coronavírus colocou seleção chinesa de futebol sobre forte pressão

O técnico da China, Li Tie, revelou o peso psicológico que o coronavírus teve sobre seus jogadores, que tiveram que ficar mais tempo do que o previsto em Dubai em uma concentração de treinamentos prolongada pela pandemia.

Os jogadores de Li Tie passaram grande parte do mês de março em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, como muitas equipes do Campeonato Chinês. Após encontrar um voo, puderam chegar na China em 23 de março, mas foram obrigados a ficar em quarentena na ilha tropical de Hainan (sul), segundo a agência de notícia estatal chinesa Xinhua.

"Durante este período, todos os nossos jogadores e nossa equipe ficou submetida a uma grande pressão psicológica. Todos estavam ansiosos, sentiam falta de casa e estavam preocupados com a própria segurança", explicou Li Tie à televisão chinesa.

"A situação epidêmica em Dubai se agravava a cada dia, o número de hóspedes em nosso hotel diminuía a cada dia", completou o ex-meia do Everton inglês, nomeado técnico da seleção chinesa no início de janeiro, em substituição ao italiano Marcello Lippi.

"As outras equipes da Super League (1ª divisão chinesa) foram voltando à China uma atrás da outra", completou.

A imprensa chinesa havia informado que os jogadores da seleção estavam mentalmente cansados pela combinação de treinos, quarentena e distanciamento de suas famílias em um contexto difícil.

Embora todos deram negativo para coronavírus, os jogadores só puderam voltar a seus clubes na semana de 6 de abril para se preparem para a nova temporada, que originalmente começaria em 22 de fevereiro, o que acabou sendo adiado.

A federação chinesa reuniu sua equipe para uma pré-temporada de olho nos jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 contra Maldivas e Guam, previstos para 26 e 31 de março, mas adiados.

O coronavírus surgiu na China, em Wuhan (centro), em dezembro, antes de se propagar pelo mundo todo e de matar mais de 112.500 pessoas.

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