A pandemia que causou 77.000 mortes no mundo foi implacável na terça-feira com Nova York e o Reino Unido, que bateu recordes de mortes por coronavírus e que viu o seu primeiro-ministro britânico Boris Johnson entrar terapia intensiva
A pandemia que causou 77.000 mortes no mundo foi implacável na terça-feira com Nova York e o Reino Unido, que bateu recordes de mortes por coronavírus e que viu o seu primeiro-ministro britânico Boris Johnson entrar terapia intensiva.
Desde o início da pandemia de COVID-19 na China em dezembro, 1,35 milhão de infecções foram relatadas em 191 países ou territórios, mais da metade na Europa, que registra dois terços das mortes, segundo o balanço da AFP.
Com 786 mortes nas últimas 24 horas - 6.159 no total - o coronavírus desafia agora um Reino Unido já chocado com a entrada de Boris Johnson na terapia intensiva na noite de segunda-feira, tornando-se o único chefe de Estado ou governo de uma grande potência a contrair a doença.
Embora o primeiro-ministro tenha recebido "um pouco de oxigênio", "não se aplicou um respirador", informou o ministro do Gabinete Michael Gove à rádio privada LBC nesta terça-feira.
O estado de Nova York também bateu outro recorde nas últimas 24 horas, com 731 mortes (5.489 no total), embora o número de hospitalizações pareça estar se estabilizando, segundo o governador Andrew Como.
Diante de mais de 365.000 infecções em todo o país e quase 11.000 mortes, o presidente Donald Trump exortou seus compatriotas a se prepararem para "sofrer o auge dessa terrível pandemia".
A Espanha também sofreu com o aumento de mortes, que totalizaram 743 após quatro dias consecutivos em declínio. O número total de mortos sobe para 13.798 no país, o segundo maior depois da Itália, com mais de 16.000 mortes.
As mortes também subiram na França, que registrou 833 mortes na segunda-feira, com um saldo total de cerca de 9.000, e na Suécia, que registrou mais de 100 mortes em 24 horas, registrando assim 591 mortes e quase 8.000 infectadas.
Embora o número de mortos continue a registrar recordes, em muitos hospitais europeus o número de pacientes admitidos começa a diminuir, dando trégua às unidades de terapia intensiva.
É o caso do gigantesco hospital de Barcelona em Vall d"Hebron, que teve que alocar 90% de seus recursos para pacientes com coronavírus. Agora a situação está se estabilizando, com mais equilíbrio entre altas e entradas, mas os médicos alertam que "veem uma ou duas semanas ainda muito críticas". A batalha das unidades de terapia intensiva "será longa", segundo eles.
Enquanto metade do planeta permanece confinado, os moradores de Wuhan finalmente deixaram o pesadelo para trás e se amontoaram na estação de trem para sair da cidade. Trata-se de uma das últimas medidas ainda em vigor há dois meses e meio para interromper o coronavírus.
Enquanto a pandemia ganha força em metade do mundo, pela primeira vez em três meses a China não registrou nenhuma morte nas últimas 24 horas.
Enquanto isso, o vizinho Japão decretou um estado de emergência para Tóquio e seis outras regiões do país, à luz da recente aceleração do número de casos de COVID-19 no país.
A Arábia Saudita - que possui 2.795 contagiados e 41 mortos - prevê que até 200.000 pessoas serão infectadas com o coronavírus.