Projeto Corrida

Corrida agita escola Professora Nair Libardi

"As crianças brincam com as linhas do tempo, dão nós sem saber, sobem e descem sem direção", afirma a professora Tânia Bassett

Da Redação
08/11/2022 às 07:58.
Atualizado em 08/11/2022 às 07:59
Um brincar no quintal da escola chamou atenção na Escola Municipal Professora Nair Libardi (Divulgação)

Um brincar no quintal da escola chamou atenção na Escola Municipal Professora Nair Libardi (Divulgação)

Um brincar no quintal da escola chamou atenção na Escola Municipal Professora Nair Libardi: uma corrida que se iniciou com três crianças, indo de um lado a outro de um muro, quando a professora percebeu, já eram mais 10 correndo.

Assim surgiu a ideia do Projeto Corrida, em meados de maio, quando a professora resolveu transformar aquela brincadeira diária em projeto, e convidou os alunos para uma assembleia. Ela mostrou exemplos de atletas e falou um pouco sobre o esporte corrida. As crianças se interessaram em transformar a brincadeira em um grande desafio. 

O relato é do diretor Willian Barbato. Conforme conta, a partir daquele momento, iniciou-se uma lista do que poderia ter nesse projeto, sugerida pelas crianças: medalhas, cabo de vassoura, fitas amarelas e pretas para delimitar o espaço, etc. Lista pronta e elas começaram a conversar sobre como iriam conseguir os ítens listados, 

Segundo Barbato, uma das ideias foi arrecadar com as famílias e outra foi de comprarem, mas aí surgiu um problema: “com qual dinheiro?” Em uma reunião resolveram vender chaveirinhos com desenhos produzidos por eles, outra problemática seria o valor da venda dos chaveiros? Decidiram vender a R$2,00. As crianças produziram 150 chaveirinhos e com o dinheiro arrecadado compramos garrafas de água, medalhas e os demais materiais que precisávamos.

“Esse projeto contou com ações conscientes, valorizou sentimentos, escuta das crianças, envolveu crianças e famílias, equipe e a comunidade local em um só sonho, agregou o fazer com significado, valorizou seus interesses e curiosidades como norte para o desenvolvimento do projeto”, avalia.

A professora Tânia Bassett, que acompanhou os alunos, comentou: "As crianças brincam com as linhas do tempo, dão nós sem saber, sobem e descem sem direção, voltam e fazem laços, de repente param e recomeçam sem nenhum medo ou receio. Se todas as crianças fossem respeitadas no seu brincar haveria muito mais adultos criativos e livres para se expressarem”.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por