INTERNACIONAL

COVID-19 força novo confinamento de mais 100 milhões na Índia e devasta economias

A Índia anunciou nesta terça-feira (14) o retorno do confinamento de mais de 100 milhões de pessoas após o aumento dos casos de coronavírus, cujo terrível impacto foi evidenciado novamente com os resultados econômicos no Reino Unido e Singapura, enquanto a doença continua avançando na América Latina e Caribe

AFP
14/07/2020 às 10:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 23:08

A Índia anunciou nesta terça-feira (14) o retorno do confinamento de mais de 100 milhões de pessoas após o aumento dos casos de coronavírus, cujo terrível impacto foi evidenciado novamente com os resultados econômicos no Reino Unido e Singapura, enquanto a doença continua avançando na América Latina e Caribe.

Diante da aceleração de contágios, as autoridades indianas se viram obrigadas a reimpor as medidas de confinamento no estado de Bihar, norte do país, onde vivem 120 milhões de pessoas, durante duas semanas a partir de quinta-feira (16).

No sul, os mais de 13 milhões de habitantes de Bangalore e sua região permanecerão confinados durante 10 dias a partir desta terça-feira à noite.

O segundo país de maior população do planeta registra até o momento 23.727 mortes e 906.752 casos declarados de COVID-19, dados que registram forte aceleração.

Após um confinamento rígido em escala nacional determinado no fim de março, a Índia suspendeu a medida no início de junho para tentar reativar a economia do país, mas a multiplicação de focos obrigaram as autoridades a voltar a impor restrições.

A mesma situação acontece em outras zonas no mundo, onde a doença parecia sob controle.

Nos Estados Unidos, o país mais afetado do planeta, com mais de 135.615 mortos e mais de 3,36 milhões de contágios, a Califórnia voltou a fechar na segunda-feira os estabelecimentos comerciais e locais públicos nos 30 condados mais atingidos do estado, incluindo Los Angeles.

O retrocesso acontece em meio a um intenso debate sobre as medidas de restrição, incluindo a reabertura das escolas, entre autoridades políticas de diversas jurisdições.

Na Espanha, que registra 28.400 mortes provocadas pelo vírus, quase 200.000 pessoas na cidade de Lérida e seus arredores, na Catalunha, devem observar um confinamento domiciliar. A medida provocou uma disputa entre o governo regional, decidido a aplicá-la, e a justiça, que suspendeu a medida.

Na Colômbia, que também registra um aumento de casos "alarmante", segundo as autoridades, quase 3,5 milhões de pessoas retornaram na segunda-feira a uma quarentena estrita.

Na América Latina, o vírus continua provocando estragos e a região se tornou a segunda do mundo em número de vítimas fatais, atrás apenas da Europa.

América Latina e Caribe somam mais de 146.000 vítimas fatais e mais de 3,4 milhões de contágios, segundo um balanço da AFP.

O Brasil, país mais afetado da região, concentra metade das mortes.

O presidente Jair Bolsonaro, em quarentena há quase uma semana depois de testar positivo para o coronavírus, anunciou que fará um novo exame nesta terça-feira e disse que espera ansioso os resultados porque não aguenta mais ficar em casa.

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