INTERNACIONAL

Covid-19: ministro holandês admite falta de empatia com países do sul da Europa

O ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, admitiu nesta terça-feira (31) a falta de empatia da Holanda e de outros países em relação aos países do sul da Europa que lutam contra a pandemia da Covid-19, mas continuou a rejeitar a criação de um "coronabônus"

AFP
31/03/2020 às 16:06.
Atualizado em 31/03/2022 às 05:58

O ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, admitiu nesta terça-feira (31) a falta de empatia da Holanda e de outros países em relação aos países do sul da Europa que lutam contra a pandemia da Covid-19, mas continuou a rejeitar a criação de um "coronabônus".

Hoekstra fez declarações ao canal privado RTLZ sobre a reunião de ministros das Finanças da zona do euro na quinta-feira, durante a qual os países do norte rejeitaram o pedido de criação de um instrumento de dívida coletiva para ajudar países como Itália ou Espanha a lutar contra a crise.

"Não tivemos empatia o suficiente, a ponto de gerou resistência", disse Hoekstra.

"Não conseguimos transmitir o que queremos fazer", acrescentou.

Os países mais atingidos pela pandemia, como Itália e Espanha, instaram os membros da zona do euro a mutualizar a dívida, uma iniciativa que rapidamente ficou conhecida como "coronabônus".

Mas Holanda, Alemanha e outros países do norte da Europa consideram que trata-se de uma tentativa dos países do sul de se beneficiar de uma ajuda de baixo custo, financiada por Estados com orçamentos equilibrados.

"Foi firme nossa posição sobre os coronabônus, mas não sobre nossa solidariedade", Hoekstra reiterou nesta terça-feira.

"Queremos encontrar um maneira razoável e prudente", disse o ministro.

Os ministros das Finanças da zona do euro se reunirão novamente por videoconferência em 7 de abril para tentar obter uma resposta econômica comum à crise.

jhe/dk/wai/es/mb/jc/mvv

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